China acusa EUA de roubar R$ 68 bilhões em bitcoins durante operação

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O governo chinês acusou formalmente os Estados Unidos de roubar uma enorme quantidade de dinheiro em criptomoedas de um pool de mineração do país asiático. O suposto crime foi detalhado em um relatório técnico da agência de cibersegurança nacional.De acordo com o documento, hackers contratados ou envolvidos diretamente com os EUA teriam sido os responsáveis por roubar 127 mil bitcoins de um grupo de mineradores de criptomoedas.Atualmente, esse valor gira em torno de US$ 15 bilhões (ou R$ 68 bilhões em conversão direta) e estaria em posse do Departamento de Justiça do país. A briga é mais um entre os vários capítulos da disputa envolvendo os dois países, que recém assinaram a flexibilização de algumas das tarifas comerciais recíprocas.Conheça o caso LuBianO governo chinês diz que o incidente, ocorrido há cinco anos — um dos maiores roubos de criptomoedas da China —, foi uma entre várias operações de cibersegurança envolvendo os EUA contra o país asiático disfarçadas de ações de combate ao crime.Em 29 de dezembro de 2020, o pool de mineração chinês LuBian foi invadido e as pouco mais de 127 mil bitcoins foram roubadas;O dono da fortuna seria Chen Zhi, presidente de um grupo de origem cambojana chamado Prince Group — e acusado pelo governo dos EUA pelo envolvimento em um esquema de fraude envolvendo criptomoedas;Segundo o relatório chinês, a tecnologia de invasão utilizada é bastante avançada e típica de atores diretamente ligados a nações. Já empresas de criptomoedas independentes alegam que o caso envolveu a exploração de uma falha na segurança da plataforma, especificamente na geração de números aleatórios atribuídos às carteiras;Zhi tentou por dois anos solicitar o retorno do dinheiro, inclusive oferecendo o pagamento de um resgate, mas nunca teria obtido uma resposta;Na metade 2024, o dinheiro foi movido pela primeira vez e passou para novas carteiras virtuais. Um levantamento da empresa de blockchain Arkham identificou elas como "controladas pelo governo estadunidense", mesma conclusão do documento chinês.A Casa Branca não se pronunciou oficialmente sobre o caso. Em um comunicado já antigo enviado ao The Street, o governo alega que a apreensão das bitcoins de Chen Zhi foi uma ação policial e de aplicação da lei, já que os fundos seriam de procedência criminosa. Porém, ele não confirma como confiscou esse dinheiro e nem se eles são mesmo os ativos digitais da LuBian.Esse não é o único caso de confisco de criptomoedas originárias de possíveis operações criminosas envolvendo o governo dos EUA. Atualmente, o país tenta também a liberação de quase 70 mil bitcoins (quase R$ 38 bilhões) pertencentes ao site Silk Road, um comércio eletrônico da dark web. O Banco Central desistiu de lançar o Drex como moeda digital no Brasil. Saiba mais sobre o tema nesta matéria!