Cessar-fogo entre Israel e Hamas completa um mês; relembre

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O acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas foi assinado formalmente há um mês, em 9 de outubro de 2025, marcando o primeiro avanço nas negociações após dois anos de conflito no Oriente Médio. O plano de paz sobrevive apesar das acusações de violação de ambas as partes.Uma autoridade sênior do Hamas acusou Israel de desrespeitar o cessar-fogo por ter matado palestinos em tiroteios.Enquanto isso, Israel afirma que a próxima fase do plano de 20 pontos para acabar com a guerra, elaborado pelo governo do presidente dos EUA, Donald Trump, exige que o Hamas abandone suas armas e ceda o poder, o que até agora se recusou a fazer. Durante o primeiro mês de cessar-fogo, o governo israelense facilitou a entrada de mais caminhões de ajuda humanitária por duas passagens em Gaza, mas autoridades da ONU e palestinas disseram que isso ainda está longe de ser suficiente.A seguir, relembre como foi assinado o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas. Leia mais Presidente da Síria encontra Trump nesta segunda (10) em visita histórica Hamas diz que vai entregar corpo de refém morto em 2014 Força internacional estará em Gaza "muito em breve", diz Trump  Plano dos EUA para Gaza A iniciativa partiu do presidente americano, que, partir de uma proposta de 20 pontos, propôs um acordo para acabar com a guerra na Faixa de Gaza, incluindo cessar-fogo, negociações de reféns e preparação do cenário para que Israel  gradualmente entregue o território conquistado a uma força de segurança internacional. A proposta do governo americano prevê um governo internacional temporário, que seria chamado de “Conselho da Paz”, chefiado e presidido por Trump, com outros membros e chefes de Estado a serem anunciados, incluindo o ex-primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair. Embora não mencione um cronograma fixo para que os acordos sejam cumpridos, o plano marcou a primeira vez que Israel concordou publicamente em eventualmente se retirar de partes da Faixa de Gaza e entregar território a uma força de segurança internacional. O controle de Gaza seria posteriormente cedido à Autoridade Palestina. A proposta também indica que Israel deve aumentar significativamente a ajuda a Gaza, mesmo que o Hamas a rejeite. O plano apresentado por Trump mencionou cessar-fogo permanente e a libertação de todos os reféns que continuam nas mãos do Hamas, vivos ou mortos. Em troca, Israel libertaria presos palestinos e devolverá restos mortais de pessoas de Gaza. O acordo sugere ainda que Gaza não será anexada por Israel e que o Hamas não terá participação no governo do território. Integrantes do grupo palestino que se renderem seriam anistiados. A proposta também inclui a retirada gradual das forças israelenses de Gaza e a desmilitarização do território. Libertação de reféns Hamas entrega 20 reféns que estavam mantidos em Gaza à Cruz Vermelha Internacional • Photo by Khames Alrefi/Anadolu via Getty ImagesDesde que o cessar– fogo entrou em vigor, o Hamas libertou 20 reféns vivos. Em troca, Israel libertou quase 2 mil palestinos condenados e detentos de guerra. O acordo também incluiu a entrega dos restos mortais de 28 reféns mortos mantidos em Gaza em troca dos restos mortais de 360 ​​militantes mantidos por Israel.Até domingo (9), os corpos de 23 reféns foram entregues a Israel, que transferiram os restos mortais de 300 palestinos, embora nem todos tenham sido identificados, de acordo com as autoridades de saúde de Gaza.Militantes palestinos fizeram 251 reféns, vivos e mortos, em outubro de 2023, quando o Hamas atacou Israel. Outros quatro reféns já estavam sendo mantidos em Gaza antes disso.Próxima fase do acordo Uma força de estabilização apoiada pelos Estados Unidos deve garantir a segurança em Gaza. Os detalhes ainda não foram acordados. Washington concordou em fornecer até 200 soldados para apoiar a força sem serem enviados para o território palestino. Autoridades americanas disseram que também estão conversando com a Indonésia, Emirados Árabes Unidos, Egito, Catar, Turquia e Azerbaijão para contribuir. Trump quer o Hamas e outras facções se desarmem e que Gaza seja desmilitarizada. Recentemente, o presidente americano disse que uma Força Internacional de Estabilização para Gaza estará em solo palestino “muito em breve”.No entanto, o grupo nunca aceitou isso e afirma que os mediadores ainda não começaram oficialmente a discutir a questão com ele. Gaza será governada por um comitê de transição de tecnocratas palestinos apolíticos. Porém, a composição desse órgão ainda não foi acordada. O grupo palestino aceitou a formação desse órgão, mas afirma que teria um papel na sua aprovação. Novas retiradas israelenses ainda não foram acertadas e dependerão, em parte, da avaliação do próprio Israel sobre o grau de ameaça que o Hamas ainda representa. O grupo afirma que a guerra só terminará quando Israel se retirar totalmente.