Projeto universitário leva conhecimento sobre PANCs ao Instagram

Wait 5 sec.

Um projeto criado por professoras e alunos do Centro Universitário IBMR, no Rio de Janeiro, criou um perfil e um canal no Instagram para compartilhar informações, receitas e orientações personalizadas sobre o uso e o consumo de plantas alimentícias não-convencionais, as PANCs. O @pancsvamoscomer foi desenvolvido pelas nutricionistas e professoras Janaina de Arruda e Renata Polinati, com alunos da graduação em Nutrição. “É importante conhecer bem a planta — principalmente a parte comestível, se tem toxicidade, e se precisa de preparo especial. Além disso, damos sugestões de receitas simples para usar esses vegetais; ensinamos o cultivo doméstico ou comunitário; e buscamos a valorização da cultura e biodiversidade local”, explica Janaína.No perfil, qualquer pessoa pode tirar dúvidas enviando fotos e perguntas pelo Direct. “Tem uma planta bonita que nasceu no meu jardim, será que é comestível?” — essa é a típica dúvida que o grupo se propõe a responder. A equipe analisa as imagens e orienta sobre o consumo das espécies de forma gratuita.A ora-pro-nóbis possui alto teor de fibras, fonte de ferro, magnésio, cálcio, zinco, fósforo e rica em vitaminas A, C, B1, B2, e B3. Foto: Andréia Bohner | CC 2.0Segundo Janaína, as PANCs têm grande potencial de diversificar a alimentação. “Elas podem reforçar uma dieta vegetariana ou vegetal de várias maneiras pela possibilidade de diversificação de nutrientes: muitas PANCs são ricas em vitaminas, minerais, fibras e compostos bioativos; dependendo do contexto, pode ser um complemento proteico vegetal”, explica.Um bom exemplo é o ora-pro-nóbis, conhecido pelo alto teor de proteína vegetal. Ele pode ser usado em recheios, refogados, tortas e cresce livremente em muros e cercas, especialmente no interior da região Sudeste. “O consumo de PANCs é uma alternativa sustentável e de baixo custo. Ele traz mais variedade de sabores e texturas e, ainda, é um resgate cultural e regional. Quando incentivamos a biodiversidade alimentar, fortalecemos práticas tradicionais e promovemos uma alimentação vegetal com identidade própria”, analisa a nutricionista. Leia também: 1.Engenheiro agrônomo lança e-book gratuito sobre PANCs 2.Folha de batata-doce: uma PANC para decorar e comer Mesmo com tantos benefícios, Janaína destaca os principais entraves para a popularização das PANCs: “A falta de informação sobre elas, a ausência de uma cadeia produtiva forte e o costume alimentar limitado. Mas o motivo principal é o desconhecimento. A maioria das pessoas não sabe identificar PANCs, não conhece quais são seguras, quando ou como preparar, e isso gera desconfiança e medo de intoxicação. Por isso, as pesquisas e o conhecimento científico, como propomos nesse perfil, são tão importantes”, justifica.Abaixo, algumas sugestões que a professora Renata Polinati destaca poderem ser cultivadas em casa, pois há mudas disponíveis online — desde que se verifique a reputação dos fornecedores. Entre as sugestões:A capuchinha é uma espécie de PANC. Foto: Mary Hutchison CCAzedinha (Rumex acetosella L.) – folhas com sabor de limão, ótimas para saladas, sucos e pratos doces. Gosta de solo úmido e pode crescer em sombra ou luz.Capuchinha (Tropaeolum majus L.) – folhas, flores e sementes com sabor picante, ideais para saladas, molhos, omeletes e carnes. Fácil de cultivar.Celosia (Celosia argentea L.) – também chamada de espinafre africano ou amaranto-roxo; folhas e sementes comestíveis, sempre cozidas, dão cor vibrante às receitas.Capeba (Piper umbellatum L.) – arbusto de folhas grandes e sabor picante semelhante à pimenta-preta; deve ser consumida cozida e pode ser usada em sopas, massas e carnes.The post Projeto universitário leva conhecimento sobre PANCs ao Instagram appeared first on CicloVivo.