PF desarticula esquema de R$ 252 milhões e apreende carrões do tráfico

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A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta sexta-feira (14/11), a Operação Simulatio, destinada a desarticular um grupo criminoso especializado em lavagem de dinheiro no Triângulo Mineiro e no interior de Goiás. O esquema movimentou cerca de R$ 252 milhões em valores suspeitos ao longo dos últimos cinco anos.A ação cumpriu 11 mandados de busca e apreensão, sendo nove em Uberlândia (MG), um em Jataí (GO) e outro em Rio Verde (GO).O juiz responsável pelo caso também determinou o bloqueio de contas bancárias de empresas envolvidas, além do sequestro de 70 veículos, muitos de luxo, e sete imóveis de alto padrão em Uberlândia.Empresas de fachada e múltiplas identidadesDe acordo com os investigadores, o grupo criou uma malha de empresas de fachada para mascarar a origem dos recursos provenientes do tráfico de drogas e de fraudes diversas. As firmas atuavam em setores variados: atacado de alimentos para animais, comércio de grãos e cereais, carnes nobres, transporte, bares e pet shops.Para manter o esquema, os envolvidos utilizavam identidades falsas, produzidas internamente pelo próprio grupo, o que permitia abrir empresas, movimentar contas bancárias e adquirir bens sem despertar suspeitas.Líder preso com documento falsoO líder da organização, que já tinha duas passagens por tráfico de drogas e estava foragido, foi preso no último dia 12 de novembro. Ele foi detido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) após apresentar documentos falsos durante uma abordagem na BR-050, em Uberlândia.Segundo a PF, a atuação do grupo mostra alto grau de profissionalização e uso de recursos típicos de grandes organizações criminosas dedicadas à lavagem de dinheiro.Os suspeitos poderão responder por organização criminosa, lavagem de capitais, falsidade ideológica e uso de documento falso.Por que “Simulatio”?O nome da operação, Simulatio, “simulação”, em latim, faz referência à forma de atuação do grupo, que estruturou todo o esquema com base em identidades falsas e empresas criadas apenas para dar aparência legal às transações ilícitas.