Azul (AZUL4) tem prejuízo ajustado de R$ 1,56 bilhão no 3T, alta de mais de 1.000%; entenda

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Azul (AZUL44). Foto: iStockA Azul (AZUL4) reportou na manhã desta sexta-feira (14) os resultados do terceiro trimestre de 2025. A companhia registrou prejuízo líquido ajustado de R$ 1,56 bilhão no período, avanço de 1.142% na comparação anual.Entre julho e setembro, a Azul apresentou um prejuízo líquido sem ajustes de R$ 644,2 milhões, revertendo o lucro observado no mesmo intervalo de 2024. Apesar do resultado negativo, o lucro operacional da companhia somou R$ 1,2 bilhão, alta de 23,7% em relação ao ano anterior.O Ebitda atingiu R$ 1,99 bilhão no trimestre, crescimento de 20,2% na comparação anual. A margem Ebitda ficou em 34,6%. Já a receita líquida alcançou R$ 5,74 bilhões, elevação de 11,8% frente ao terceiro trimestre de 2024.A aérea também registrou aumento de capacidade. O ASK subiu 7,1% e a receita por assento-quilômetro disponível avançou 4,4%, enquanto o Cask aumentou 1,6% no período.Azul (AZUL4) vê alta de indicadores de endividamento e pressão cambial Outro destaque dos resultados da Azul são os indicadores de endividamento, que também apresentaram alta. A dívida bruta da companhia fechou o trimestre em R$ 37,3 bilhões, avanço de 8,4% em relação ao segundo trimestre. Excluindo passivos de arrendamento que serão encerrados e empréstimos que serão convertidos em ações, a empresa informou que o montante seria de aproximadamente R$ 20 bilhões.O indicador de alavancagem financeira encerrou setembro em 5,1 vezes, ante 4,9 vezes no trimestre anterior. Segundo a empresa, o aumento foi influenciado pela valorização do real frente ao dólar e pela captação de R$ 6 bilhões ao longo do trimestre.Além disso, a liquidez total da companhia somou R$ 8,8 bilhões, incluindo aplicações de curto prazo e reservas de manutenção. A liquidez imediata ficou em R$ 3,4 bilhões.A companhia destacou ainda variações de custos e despesas operacionais. O Cask foi de 34,85 centavos, influenciado por inflação, aumento de processos judiciais e maior participação das rotas internacionais. O preço do combustível caiu 13,2% na base anual, mas não compensou integralmente o avanço das demais despesas, reforçando o quadro do prejuízo da Azul (AZUL4) no trimestre.