PF afirma que Stefanutto recebeu R$ 250 mil via pizzaria e empresas

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A Polícia Federal afirma que o ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, recebeu propinas da Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer) por meio de empresas de fachada. Entre elas, estão uma imobiliária e uma pizzaria. De acordo com as investigações, ele teria o apelido de “italiano” em planilhas internas da entidade. Leia também Distrito Federal Farra do INSS: preso em operação apontou igreja como sede de loja “fantasma” Tácio Lorran INSS: Stefanutto foi expulso de apartamento funcional antes de prisão São Paulo Farra do INSS: presidente do Porto de Santos é alvo de operação da PF Igor Gadelha Cleitinho se pronuncia sobre correligionário alvo da PF no caso INSS Segundo o pedido da PF, em troca da “influência”, Stefanutto recebeu propinas “recorrentes” da Conafer, “usando diversas empresas de fachada, como Stelo Advogados e Associados, Delicia Italiana Pizzas e Moinhos Imobiliária”.“O valor mensal de sua propina aumentou significativamente para R$ 250.000,00 após assumir a Presidência do INSS. Seus pagamentos provinham diretamente do escoamento da fraude em massa da Conafer”, afirmou a PF.A Conafer arrecadou R$ 688 milhões com descontos sobre aposentadorias.Stefanutto já havia sido afastado judicialmente na primeira fase da Operação Sem Desconto, que investiga envolvidos com a farra dos descontos indevidos revelada pelo Metrópoles.Ele era suspeito de negligência ao permitir que entidades não apenas continuassem a descontar dos aposentados, como de ter assinado atos que permitiram que elas filiassem novos associados com uso de biometria própria.Um ano após a revelação do esquema pelo Metrópoles, as entidades ainda conseguiram descontar mais R$ 2 bilhões de aposentados e apenas uma entidade, com arrecadação irrisória, teve seu acordo cancelado em sua gestão. A PF suspeita que as fraudes cheguem aos R$ 6,3 bilhões.A nova fase da Sem Desconto passou a investigar o ex-presidente do instituto também pelo crime de corrupção passiva.