Casas Bahia segue evolução, mas “ponto fraco” continua e ações caem forte após 3T

Wait 5 sec.

Bons resultados operacionais, mas alavancagem ainda como um peso. Assim que o mercado viu os resultados do Grupo Casas Bahia (BHIA3). O mercado pondera todas as sinalizações e as ações caíam 7,50%, a R$ 3,33, às 16h (horário de Brasília). A equipe de análise da XP Investimentos aponta o crescimento positivo da receita, impulsionado pelo aumento da receita de serviços, e melhoria na lucratividade devido à alavancagem operacional.A varejista teve  prejuízo líquido de R$ 496 milhões, 34,4% maior do que o prejuízo de R$ 369 milhões registrado um ano antes. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, houve melhora de 10,6%. Apesar do prejuízo, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado da Casas Bahia somou R$ 587 milhões, alta de 19,6% em relação a igual período de 2024, com margem de 8,5%, aumento anual de 0,8 ponto porcentual. “A empresa está no caminho do seu plano de transformação, evoluindo bem tanto na receita quanto na lucratividade, mostrando até uma aceleração do crescimento trimestre a trimestre, apesar do cenário macroeconômico desafiador”, avalia a XP. Leia também:Confira o calendário de resultados do 3º trimestre de 2025 da Bolsa brasileiraTemporada de balanços do 3T25 ganha destaque: veja ações e setores para ficar de olhoNo entanto, as despesas financeiras continuam impactando negativamente os resultados (92% do fluxo de caixa operacional foi usado para pagar juros) e tiveram redução de apenas 7% em relação ao trimestre anterior, devido à conversão recente de debêntures, cujo efeito completo será refletido a partir do 4º trimestre. Assim, apesar de valorizar as melhorias operacionais e ver como positiva a recente parceria anunciada com o Mercado Livre (BDR: MELI34), mantém recomendação neutra, pois a alta alavancagem da empresa ainda impede a geração de caixa e a obtenção de lucro líquido positivo.Para a Genial Investimentos, o resultado trouxe um recado pragmático: crescer onde o fluxo está, preservando margem. “O online entregou, o físico ajudou, o Ebitda subiu”, aponta. O lucro ainda não acompanha, custo de capital ainda pesa, mas o 4T pode ser menos punitivo para a varejista.O volume bruto de mercadorias (GMV) total somou R$ 10,49 bilhões, alta de 8,5%, com destaque para o marketplace (3P), que subiu 17,7%. Dentro do digital, o 1P (estoque próprio) avançou 9,2% ao ano. O índice das taxas cobradas sobre os vendedores em marketplaces (take rate) do 3P subiu para 13,2%, acima do patamar do 2T, reforçando monetização mais saudável.Leia tambémHapvida tem 3T muito fraco, JPMorgan rebaixa ações e HAPV3 desaba até “incríveis” 40%Após o balanço, JPMorgan cortou recomendação dos ativos para neutra; sinistralidade acima do esperado, fluxo de caixa livre fraco foram alguns dos pontos fracos do 3TA margem bruta veio como esperado, perto de 30,0%, pressionada pelo mix mais pesado em celular. O ticket maior desta categoria ajuda a diluir despesas e o efeito aparece na margem EBITDA, 8,5% no trimestre, à frente dos 7,9% do Magalu (MGLU3), avalia a casa.A Genial ressalta que este 3T ainda não carrega o efeito da parceria com o Mercado Livre. O gatilho aparece no 4T, sobretudo em novembro, quando a sazonalidade joga a favor. “No comparativo setorial, o 3P do Magalu caiu 11,7% ano a ano no 3T25, abrindo uma diferença de execução no marketplace. Não projetamos repetir os 23,7% do 4T24, porém vemos espaço para crescimento sequencial acima dos 17,7% do 3T”, aponta a casa. A recomendação da Genial para as ações, contudo, também segue de manutenção, com preço-alvo de R$ 4,50. Já o Goldman Sachs segue com recomendação de venda para os ativos, com preço-alvo de R$ 3,10 para os papéis. O banco vê melhora na rentabilidade no 3T25, mas o prejuízo líquido aumentou. A receita líquida ficou 2% acima das expectativas do mercado e do consenso, impulsionada pelo forte desempenho do canal online. Embora a margem bruta tenha se deteriorado em cerca de -190 pontos-base (1,9 ponto percentual) devido ao mix de canais e produtos (refletindo o crescimento mais acelerado do online), a rentabilidade foi impulsionada por uma redução de 3% nas despesas gerais e administrativas (SG&A) em relação ao ano anterior. Isso levou a uma expansão da margem Ebitda de cerca de +80 pontos-base, para 8,5% (+40 pontos-base acima da estimativa do mercado). “Observamos, contudo, que o sólido desempenho da receita bruta ocorreu às custas de custos financeiros maiores do que o esperado (mesmo considerando o cenário de taxas de juros mais altas em relação ao ano anterior) e da deterioração da dinâmica do capital de giro; como resultado, acreditamos que a sustentabilidade da forte trajetória de crescimento justifica uma análise mais aprofundada”, conclui. The post Casas Bahia segue evolução, mas “ponto fraco” continua e ações caem forte após 3T appeared first on InfoMoney.