Pesquisas apontam cenário fluido e sucessão presidencial ainda imprevisível

Wait 5 sec.

As pesquisas Genial/Quaest divulgadas nesta semana indicam que aquele bom humor do eleitorado que vinha impulsionando o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nos últimos meses começa a dar lugar a uma avaliação mais crítica e mais aberta a outras opções — num movimento que torna ainda mais imprevisível o tabuleiro da sucessão presidencial de 2026.Pela primeira vez desde julho, a aprovação ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deixou de crescer. O índice oscilou um ponto percentual para baixo (47%), enquanto a desaprovação subiu um ponto (50%).Lula ainda aparece à frente no segundo turno, mas com uma diferença menor na intenção de voto com os pré-candidatos de oposição. Leia Mais: Guedes critica reeleição e diz que segurança será tema decisivo em 2026 Quaest: 59% dizem que Lula não deveria se candidatar à reeleição Quaest: Lula lidera todos os cenários de 1º turno em 2026 Entre eleitores classificados como independentes, a rejeição ao presidente subiu: passou de 54% em outubro para 64% em novembro.A oscilação não foge muito de pesquisas anteriores. O elemento mais importante é a prevalência da volatilidade do cenário político, no qual cada trimestre tem sido marcado por agendas distintas e mudanças rápidas de humor público.Para aliados do governo, os resultados não chegam a ser uma surpresa, principalmente após a megaoperação policial no Rio de Janeiro. A maioria da população (67%) declarou apoio à ação e discordou (57%) da avaliação de Lula de que a operação teria sido “desastrosa”.É onde entra a disputa pela segurança pública. Lula pediu empenho a ministros nesta quinta (13) para avançar com o tema no Congresso, ciente de que é uma área em que a direita costuma ir melhor. Mas, nem a oposição ainda conseguiu emplacar na Câmara o projeto antifacções do jeito que pretendia.Mesmo assim, a direita vê uma oportunidade para se reorganizar depois da morte da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da blindagem e da anistia. Há quem também veja uma janela para amenizar a dependência a Jair Bolsonaro e família, cujo estímulo ao tarifaço entregou a Lula um discurso em defesa da soberania nacional.A imprevisibilidade do momento ficou nítida até mesmo na operação da Polícia Federal realizada nesta quinta, que atingiu simultaneamente o governo e a oposição. A PF prendeu um ex-presidente do INSS de Lula e tomou medidas contra um ex-ministro de Bolsonaro.Essa volatilidade se reflete até em incertezas no centrão, que assiste a esse panorama de forma pragmática, à espera das pesquisas do ano que vem – as que realmente vão apontar caminhos. Os caciques da velha guarda sabem que qualquer lado depende de uma espécie de mutualismo eleitoral com o grupo para se sagrar vitorioso.Quaest: governo Lula é desaprovado por 50%; aprovação é de 47% | CNN NOVO DIA