Um documento interno da Meta, obtido e analisado pela Reuters, revela que diretrizes aprovadas pelas áreas jurídica, de políticas públicas e engenharia — incluindo o diretor de ética da empresa — permitiam que chatbots de IA mantivessem conversas românticas ou sensuais com crianças, gerassem informações falsas e até criassem argumentos racistas.As regras, intituladas “GenAI: Padrões de Risco de Conteúdo”, definiam comportamentos aceitáveis para a Meta AI e bots no Facebook, Instagram e WhatsApp.Políticas secretas da Meta permitiam abusos em chatbots de IA (Imagem: Tada Images/Shutterstock)Leia mais:Nada será como antes: o impacto real da IA em nossas vidasComo evitar o mal da IA degenerativa?O que é superinteligência artificial? Veja como ela pode mudar o futuro da humanidadeConteúdos graves que a IA da Meta aceitava criar:Entre os exemplos, o documento aceitava descrever a “atratividade” de crianças e fazer elogios de conotação íntima, embora proibisse termos explicitamente sexuais para menores de 13 anos.Após questionamentos da Reuters, a Meta removeu esses trechos e afirmou que tais conversas “nunca deveriam ter sido permitidas”.O documento também registrava exceções que autorizavam a IA a criar conteúdo depreciativo com base em raça — como argumentar que negros seriam “mais burros” que brancos —, além de gerar informações médicas falsas, desde que indicadas como tal.Normas autorizavam desde elogios íntimos a menores até a criação de conteúdo preconceituoso e violento (Imagem: El editorial/Shutterstock)Figuras públicas foram alvo de conteúdo ofensivoAs diretrizes abordavam ainda imagens de figuras públicas, violência e nudez, incluindo exemplos inusitados como substituir pedidos sexuais envolvendo Taylor Swift por uma foto da cantora segurando um peixe.Sobre violência, permitiam retratar adultos e até idosos sendo agredidos, mas proibiam imagens com morte ou sangue.Especialistas como Evelyn Douek, da Universidade de Stanford, alertam que as regras expõem dilemas éticos e legais ainda sem resposta, sobretudo quando a própria plataforma produz conteúdo potencialmente nocivo.Meta revisa diretrizes após polêmica com comportamento de IA (Imagem: Algi Febri Sugita/Shutterstock)O post Meta AI: documento interno expõe brechas para conteúdo sexual e racista apareceu primeiro em Olhar Digital.