Trump envia destróieres à Venezuela e ameaça Maduro com “toda a força” dos EUA

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Três destróieres da Marinha dos Estados Unidos, equipados com sistema de mísseis guiados Aegis, devem se posicionar próximos à costa da Venezuela ainda nesta semana, segundo autoridades americanas ouvidas pela agência Reuters. A movimentação integra uma ofensiva militar liderada pelo governo Donald Trump para enfrentar o narcotráfico internacional, com foco em cartéis da América Latina que, segundo Washington, operam como redes terroristas transnacionais.Leia tambémMaduro mobiliza 4,5 milhões de milicianos após aumento de recompensa dos EUAPresidente venezuelano reage à nova ofensiva de Trump, que elevou valor por sua captura para US$ 50 milhões e lançou operação antidrogas no CaribeEm resposta a comentários de Trump, Taiwan diz que depende de si para ter segurançaTrump comentou que a China não iria invadir Taiwan enquanto ele fosse presidenteA ação marca uma nova escalada na já conturbada relação entre Estados Unidos e Venezuela. Em paralelo à operação, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o presidente Trump está preparado para usar “toda a força americana” contra o regime de Nicolás Maduro, que classificou como um “cartel narcoterrorista”. A palavra usada por Leavitt — “power” — foi interpretada por analistas como um indicativo de possível força militar.Cartéis são rotulados como terroristasDesde fevereiro, Trump ampliou o escopo da segurança nacional ao classificar formalmente grupos como o Cartel de Sinaloa (México), o Tren de Aragua (Venezuela) e outras organizações do tráfico como “organizações terroristas estrangeiras”. A designação, antes restrita a grupos como Al-Qaeda ou Estado Islâmico, abriu caminho legal para operações militares diretas fora do território americano.A ofensiva militar, que deve envolver 4 mil fuzileiros navais e marinheiros deslocados para o Caribe e América Latina, foi autorizada por uma diretriz presidencial assinada em sigilo neste mês. Segundo o jornal The New York Times, a ordem permite o uso de tropas para capturar membros desses cartéis, seja em águas internacionais ou em espaços aéreos monitorados.Maduro convoca 4,5 milhões de milicianos em resposta aos EUAA resposta do regime chavista não tardou. Na segunda-feira (18), Maduro anunciou um “plano especial” de mobilização de 4,5 milhões de milicianos venezuelanos para “garantir a cobertura de todo o território nacional”, em meio ao que chamou de “renovação das ameaças” dos Estados Unidos. O plano foi anunciado em rede nacional, mas sem detalhes logísticos ou operacionais sobre a suposta ativação das forças civis armadas.Maduro também acusou os EUA de praticarem uma política de perseguição contra migrantes venezuelanos. Segundo o governo, 66 crianças seguem “sequestradas” em território americano, após terem sido separadas dos pais durante processos de deportação. A Venezuela exige o retorno imediato dos menores.Recompensa dobradaNo início do mês, Trump anunciou que dobrou a recompensa por informações que levem à captura de Nicolás Maduro: de US$ 25 milhões para US$ 50 milhões. O líder venezuelano é acusado pelos EUA de ser um dos principais operadores do narcotráfico global, com envolvimento direto em redes de contrabando de drogas e armas, além de supostas ligações com cartéis mexicanos.A retórica da Casa Branca coincide com a tentativa de Trump de reforçar sua política de segurança e imigração — temas centrais da campanha presidencial americana — enquanto amplia a pressão sobre regimes adversários, como Cuba e Venezuela.The post Trump envia destróieres à Venezuela e ameaça Maduro com “toda a força” dos EUA appeared first on InfoMoney.