O mercado observou os desdobramentos de um possível investimento da Petrobras (PETR4) na Raízen (RAIZ4), por supostamente estar de olho no setor de etanol e desejar voltar a fazer distribuição de combustíveis. No entanto, o negócio não deve acontecer.No Giro do Mercado, a jornalista Paula Comassetto recebeu Ruy Hungria, analista da Empiricus Research, que comentou a declaração da petroleira negando o eventual investimento. O analista considera um acerto.CONFIRA: Está em dúvida sobre onde aplicar o seu dinheiro? O Money Times mostra os ativos favoritos das principais instituições financeiras do país; acesse gratuitamente“Na nossa visão, continua sendo mais importante a Petrobras investir em exploração e produção. Porque no fim do dia, é dali que sai toda a rentabilidade da empresa, não só os dividendos que ela consegue pagar, mas também os recursos para outros segmentos”, disse.Hungria destaca que existiriam fatores complicadores para uma eventual transação entre as empresas. “Como a Petrobras vendeu a participação dela no mercado de distribuição para a Vibra e assinou uma cláusula para não participar do setor, a Petrobras não poderia simplesmente entrar na Raízen”, afirmou.O analista ressalta que a Petrobras já demonstrou interesse em entrar no mercado de etanol, olhando para uma agenda de longo prazo que deve dar mais espaço para energia renovável, em detrimento dos combustíveis fósseis.No entanto, a companhia já alertou que em um primeiro momento, a entrada viria por meio de uma participação minoritária, o que também não resolveria o problema da Raízen.A companhia enfrenta um grande problema de alavancagem e a busca por alocação de capital começou a ser ventilada como uma possibilidade para enfrentar o endividamento.“Pode ser que o mercado volte a cogitar isso, já vimos muitas notícias serem desmentidas e depois acontecerem. Mas no caso da Petrobras muda pouco, não seria uma alocação de capital ótima, disse Hungria. “Para a Raízen seria positivo para aliviar a dívida, a depender da participação”, afirmou.Em dia negativo para o mercado, Raízen opera entre as maiores baixas do Ibovespa. Petrobras recua cerca de 1%, com os investidores temendo maiores interferências políticas com uma eventual retomada no setor de distribuição, além do preço negativo do petróleo.O programa ainda abordou o desempenho dos mercados globais e outros destaques corporativos. Para acompanhar, o Giro do Mercado na íntegra, acesse o canal do Money Times no YouTube.SAIBA MAIS: Fique atualizado sobre o agronegócio, um dos pilares da economia brasileira, com o Agro Times; veja como aqui