Você conhece os custos do consórcio? Veja os principais e como são calculados 

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A taxa Selic estacionada em 15% tem provocado uma corrida aos consórcios, ao mesmo tempo que minguam os financiamentos de longo prazo. Sem dúvida, programar uma compra sem pressa sai bem mais em conta do que pagar juros para ter o bem imediatamente. Mesmo assim, é importante conhecer os custos do consórcio e entender como a administradora os determina, para que se possa comparar as diferentes ofertas do mercado.Sobre o tema, o InfoMoney conversou com o CFO do Mycon Consórcios, Francis Silva. Confira a seguir os principais aspectos relacionados aos custos que o executivo destacou e que podem ajudar na hora de escolher um consórcio.Quer fugir dos juros? Simule aqui um plano de consórcio com parcelas que caibam no seu bolso!Principais custos do consórcioA taxa de administração é o principal componente do custo total de um consórcio – e o que costuma apresentar as maiores variações no mercado. Além dela, existe o fundo de reserva (normalmente obrigatório) e, dependendo do caso, as administradoras também podem cobrar seguros e outras taxas, e utilizar critérios diferentes para cada cálculo.Outro componente do custo são os reajustes que o consórcio tem de tempos em tempos, para manter o valor da carta de crédito atualizado. Acompanhe.Taxa de administraçãoA taxa de administração serve para remunerar o trabalho que a administradora tem para manter o grupo de consórcio. Organização dos sorteios e das assembleias, gestão do fundo comum e demais gastos relacionados ao funcionamento dos grupos devem ser cobertos por essa taxa.O seu cálculo é simples e direto: a administradora aplica um percentual sobre o valor da carta de crédito. Como explica Francis, embora não exista uma regra única, o valor da taxa costuma ter relação direta com o prazo da operação.“Atualmente, a taxa média dos consórcios imobiliários, com prazos entre 18 e 20 anos, está em 25%. Já nos consórcios de veículos, a média cai para 16%, pois estes têm duração média de 8 anos”, diz.Quer fugir dos juros? Simule aqui um plano de consórcio com parcelas que caibam no seu bolso!Mas atenção: essa taxa não costuma incidir de forma linear ao longo do consórcio. Dependendo da administradora, as prestações dos primeiros anos podem carregar valores mais altos de taxas em detrimento do fundo comum.Como observa Francis Silva, isso pode impactar negativamente as contemplações dos primeiros anos, pois se o valor referente à antecipação da taxa for muito alto, significa que boa parte dos recursos servem para pagar custos operacionais em vez de compor o fundo comum.Além disso, quem desistir do consórcio no início do grupo tem um valor menor a recuperar se a administradora antecipou percentuais mais altos da taxa, pois somente o dinheiro do fundo comum volta para o bolso.“Não basta olhar só para a taxa de administração, é preciso saber como ela é cobrada ao longo do tempo”, alerta o executivo.Leia tambémConsórcio com a menor taxa de administração sempre é a melhor escolha?Para não perder dinheiro, é importante entender a política de cobrança de cada administradora, alerta especialistaFundo de reservaO fundo de reserva é um percentual (normalmente entre 2% e 3% do valor do crédito) que também faz parte das parcelas mensais. Esses recursos são utilizados para resolver problemas que podem surgir durante o consórcio, como inadimplência, processos judiciais, entre outros.Ao final do grupo, o valor que eventualmente sobrar nesse fundo é dividido entre os consorciados de forma proporcional a sua cota.Leia também:Posso quitar um financiamento com consórcio? Vale a pena? Saiba mais!Consórcio pode ser ferramenta para investidores capitalizados, dizem especialistasTaxa de administração do consórcio x juros do financiamento: qual o impacto da Selic?SegurosEntre os custos do consórcio, também podem estar dois tipos de seguros: o prestamista e o de quebra de garantia. Ambos são cobrados sobre o saldo devedor (cerca de 4%) e servem para proteger a saúde financeira do grupo, mas são utilizados em momentos diferentes.O seguro prestamista garante a quitação das parcelas caso o consorciado venha a falecer ou se tiver problemas de saúde que comprometam sua capacidade de pagamento. Em alguns casos, este seguro também pode contemplar a perda de renda.Já o seguro de quebra de garantia também serve para cobrir inadimplência, mas pode ser acionado independentemente da causa, ao contrário do prestamista. Quanto a esse tipo de seguro, Francis chama atenção para a forma de cálculo, que também costuma variar e, por isso, é importante entender como funciona.“Algumas administradoras cobram este seguro desde o início do grupo, e outras somente depois da contemplação. A segunda situação me parece mais justa, afinal o consorciado já dispõe do bem”, avalia o executivo.Quer fugir dos juros? Simule aqui um plano de consórcio com parcelas que caibam no seu bolso!Outros custosAntes de ter acesso ao valor da carta, o consorciado precisa comprovar sua capacidade de continuar pagando as parcelas depois de receber o bem. Para isso, as administradoras fazem uma análise cadastral, e costumam cobrar uma taxa por esse trabalho.Existem também algumas taxas ligadas especificamente aos bens. Nos consórcios imobiliários, é preciso obter um laudo de avaliação do imóvel; já nos consórcios de veículos, há o custo de alienação junto ao Detran.“Esses custos incidem no momento da contemplação, e o consorciado tem a opção de abatê-los do crédito que tem a receber”, explica Francis Silva.The post Você conhece os custos do consórcio? Veja os principais e como são calculados  appeared first on InfoMoney.