BTG Pactual (BPAC11) salta 11% e Raízen (RAIZ4) é a ação com pior desempenho; veja os destaques do Ibovespa na semana

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O Ibovespa (IBOV) engatou a segunda semana consecutiva de ganhos com o encerramento da temporada de balanços do segundo trimestre (2T25) e o anúncio do plano de contingência do governo federal para mitigar os impactos das tarifas de importação dos produtos brasileiros nos Estados Unidos.O principal índice da bolsa brasileira acumulou valorização de 0,31% nos últimos cinco pregões e encerrou a sessão da sexta-feira (15) no nível dos 136 mil pontos. Já o dólar à vista (USBRL) terminou a R$ 5,3980 e teve queda de 0,70% ante o real na semana. Durante a semana, a divisa atingiu o menor nível em 14 meses, cotada a R$ 5,3870.Por aqui, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma medida provisória que estabelece um conjunto de medidas para mitigar os impactos econômicos do tarifaço. O pacote inclui R$ 30 bilhões em linha de crédito, aportes de R$ 4,5 bilhões em diferentes fundos garantidores e até R$ 5 bilhões em créditos tributários a exportadores.Também haverá uma prorrogação de um ano no prazo do mecanismo de “drawback” — regime aduaneiro que permite a suspensão ou isenção de tributos incidentes na aquisição de insumos usados na fabricação de produtos exportados.O governo ainda anunciou uma ampliação do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra), com concessões de créditos tributários de até R$ 5 bilhões até dezembro de 2026.Entre os dados, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,26% em julho, ante expectativa de 0,35%. A inflação acumula alta de 3,26% entre janeiro e julho e de 5,23% em 12 meses.Após o dado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse esperar uma continuidade na trajetória de deflação de alimentos nos próximos meses, entre outras razões, pelo forte desempenho da safra agrícola no país neste ano.LEIA OS DETALHES DO PACOTE: Apoio contra tarifas dos EUA inclui prorrogação de tributos, linhas de crédito e compras governamentaisNo exterior, o mercado consolidou as apostas de corte nos juros pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) na próxima reunião, em setembro, após o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subir 0,2% em julho, abaixo do esperado e acumular alta de 2,7% em 12 meses.Embora o CPI não seja o indicador inflacionário de referência para o Fed, o dado é usado para calibrar as expectativas sobre a trajetória dos juros na maior economia do mundo. As taxas de juros estão na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano.Os investidores também ficaram atentos ao encontro entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, no Alasca. A cúpula teve início no final da tarde de sexta-feira (15).Antes do encontro, Trump afirmou que vai “arrumar as coisas” na reunião com o chefe do Kremlin para chegar a um acordo de cessar-fogo na Ucrânia. A declaração foi feita em uma entrevista à Fox News.VEJA TAMBÉM: Money Picks traz as principais recomendações do mercado para o mês; acesse gratuitamente Sobe e desce do IbovespaA ponta positiva do Ibovespa foi liderada por BTG Pactual (BPAC11) em reação ao balanço do segundo trimestre (2T25).O banco registrou um lucro líquido ajustado recorde de R$ 4,2 bilhões entre abril e junho, disparada de 42% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado também superou o esperado do consenso da Bloomberg, que aguardava R$ 3,64 bilhões.Já o ROE, que mede o retorno sobre o patrimônio líquido, ficou em 27,1% no ano, salto de quatro pontos percentuais. Dessa forma, o BTG não só ultrapassou como abriu distância para o Itaú (ITUB4) no quesito rentabilidade, que chegou a 23,3% nesse trimestre.Confira a seguir as maiores altas do Ibovespa entre 4 e 8 de agosto: CÓDIGONOMEVARIAÇÃO SEMANALBPAC11BTG Pactual units10,43%MRVE3MRV ON10,32%BBAS3Banco do Brasil ON9,09%UGPA3Ultrapar ON7,72%HAPV3Hapvida ON7,21%MRFG3Marfrig ON5,04%SBSP3Sabesp ON4,36%DIRR3Direcional ON4,17%RAIL3Rumo ON4,04%MOTV3Motiva ON3,58%E MAIS: Junte-se à comunidade de investidores do Money Times para ter acesso a reportagens, coberturas, relatórios e mais; veja comoJá a ponta negativa do Ibovespa foi encabeçada por Raízen (RAIZ4), que caiu mais de 10% após a divulgação dos resultados da empresa no primeiro trimestre da safra 2025/26 (1T26).O maior fator de preocupação do mercado está diretamente relacionado ao endividamento da companhia. A alavancagem disparou, chegando a 4,5x — relação entre a dívida líquida e o Ebitda, crescendo mais que o dobro na comparação anual.A dívida líquida agora soma R$ 49,2 bilhões, um salto de 56% em relação ao primeiro semestre da safra anterior (1T25). Na ocasião, a empresa reportou lucro de R$ 1,1 bilhão, que foi revertido em prejuízo de R$ 1,8 bilhão no último trimestre.Veja as maiores quedas na semana:CÓDIGONOMEVARIAÇÃO SEMANALRAIZ4Raízen ON-16,13%BRKM5Braskem PN-12,79%CVCB3CVC ON-11,74%USIM5Usiminas PNA-9,50%CSNA3CSN ON-8,64%PETZ3Petz ON-8,24%COGN3Cogna ON-7,82%PCAR3GPA ON-7,77%VAMO3Vamos ON-7,49%AZZA3Azzas 2154-7,06%