O governo brasileiro acompanha com apreensão a movimentação de forças navais e aéreas ordenada pelo presidente Donald Trump para o Mar do Caribe Meridional. A medida pretende, segundo o governo de Washington, combater “ameaças” representadas por cartéis latino-americanos envolvidos com narcotráfico, segundo fontes da Reuters.Embora o governo mexicano, sob presidência de Claudia Sheinbaum, tenha afirmado que a operação ocorre em águas internacionais e não caracteriza intervenções, em Brasília a percepção é menos tranquilizadora. Leia tambémTrump e Zelensky se reúnem nos EUA na próxima segunda para negociação trilateralApós reunião de Trump com Putin no Alasca, líderes dos EUA e da Ucrânia discutem avanço para acordo de paz com participação da Rússia e garantias de segurança europeiasLula diz que Brasil está vivendo com uma ‘turbulência desnecessária’ de TrumpPresidente critica tarifas dos EUA e destaca importância da estabilidade política e das negociações do Brasil, durante inauguração de fábrica de montadora chinesa em SPPara auxiliares do presidente Lula, ouvidos pelo jornal O Globo, o envio de tropas estrangeiras à região, especialmente em uma eventual invasão ao território brasileiro, é motivo de séria preocupação.Ao lado dessa inquietação, destaca-se o alvo principal da ofensiva norte-americana: Nicolás Maduro. Recentemente, Trump aumentou em US$ 50 milhões a recompensa oferecida pelo líder venezuelano, acusado de vínculos com o narcotráfico. Após a medida, Maduro reagiu com duras palavras: alertou os “imperialistas” para que não o ataquem, pois a resposta “pode ser o fim do império americano”.O contingente mobilizado pelos EUA inclui o Grupo Anfíbio de Prontidão Iwo Jima e a 22ª Unidade Expedicionária de Fuzileiros Navais, ambos sob o Comando Sul (Southcom), como parte de um reposicionamento de ativos militares iniciado há três semanas. Entre os equipamentos destacados estão: submarino nuclear de ataque, aeronaves de reconhecimento P‑8 Poseidon, contratorpedeiros e um cruzador de mísseis guiados.Fontes americanas à CNN descrevem o movimento como uma demonstração de força, embora com flexibilidade para operações futuras contra cartéis descritos como “narcoterroristas”.A classificação de cartéis como “organizações terroristas” — uma pauta central da administração republicana desde o início deste mandato — abre caminho para o emprego de instrumentos militares e de inteligência com menos restrições legais.The post Governo Lula vê com preocupação ação militar dos EUA no Caribe appeared first on InfoMoney.