Itaúsa (ITSA4) tem 2T forte e alta de 34% em 2025; veja próximos passos para holding

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Há um dilema já conhecido para investidores: Itaú ou Itaúsa? Geralmente focado no confronto entre os dividendos das duas fortes pagadoras, o portfólio da Itaúsa (ITSA4) faz com que a holding possa sair na frente. Mas não é apenas nos dividendos que o mix de companhias que compõe a Itaúsa mostra seu valor.A holding teve lucro recorde no segundo trimestre de 2025, em um trimestre visto como robusto, para a diretora financeira da Itaúsa, Priscila Grecco. A executiva entende que solidez, consistência e portfólio de qualidade são as características que fazem com que o grupo apresente números crescentes. Mesmo vista como “a holding do Itaú” e com resultado muito puxado pelo desempenho forte do banco, a Itaúsa também conta com participações na Copa Energia (48,9% na empresa), Dexco (DXCO3), com 37,8% de fatia na companhia, assim como possui 20,95% da Alpargatas (ALPA4), 10,3% da Motiva (MOTV3), além de 12,9% da Aegea e 8% da NTS.O trimestre foi marcado pela boa performance em todas as investidas, segundo a executiva. “A holding passou por transformação em termos de portfólio nos últimos anos”, destaca, com R$ 500 milhões de contribuição neste ano. “As perspectivas são muito boas”, diz. Leia tambémBanco do Brasil (BBAS3): “Quem tem, mantenha, quem não tem, compre”, diz CEOA presidente do banco, Tarciana Medeiros, rechaçou a existência de “componente político” nas atividades do banco A performance permitiu o pagamento de R$ 2,7 bilhões em proventos no primeiro semestre de 2025, um payout de 37%. A distribuição dos proventos fez com que a companhia figurasse, mais uma vez como uma das melhores empresas em dividend yield (retorno oferecido por um papel na forma de proventos), com 10%.Colhendo resultadosO momento, agora, é de redução de endividamento, em estratégia que já vem desde 2022 de manejo mais adequado de dívida e queda de despesas administrativas. Só no segundo trimestre, a queda foi de 8%, em R$ 42 milhões em despesas, refletindo a redução de ineficiências. No movimento de 2022 para cá, a queda foi de 90% da dívida, segundo Priscila. “Hoje, colhemos muito esses benefícios de redução de dívidas”, diz. Além dos esforços para redução, a Itaúsa também tem focado no alongamento da dívida, para atingir custo médio mais saudável. A movimentação com a dívida também permite que a holding possa não fazer amortizações até 2028, em especial considerando mudanças tributárias em 2027, que devem ajudar a corrigir ineficiências. A estratégia é, sim, composta por apetite reduzido para novas empreitadas, mas apostas de investimento dentro do portfólio estão na mesa para a holding. Dentre os segmentos que mais chamam atenção para a Itaúsa no momento estão infraestrutura e saneamento, principalmente. A companhia já tem presença no setor com a participação na Aegea. De acordo com a executiva, quando chegar a janela mais adequada para abertura de capital, é possível considerar já o IPO da companhia, que é uma das maiores players privadas no setor. “Tendo oportunidade, a companhia pode precisar de mais capital para iniciativas”, diz. No setor de infraestrutura, o investimento na Motiva (MOTV3) foi o mais recente realizado, com R$ 8,4 bilhões.Mesmo com alguns riscos presentes para nomes do portfólio, como retorno à distribuição de gás pela Petrobras, que poderia impactar a Copa, ou tarifas dos Estados Unidos que poderiam atrapalhar a Alpargatas (ALPA4), a CFO considera que as investidas se mantém seguras. O impacto das tarifas é visto como irrelevante para o portfólio num todo, segundo a executiva. The post Itaúsa (ITSA4) tem 2T forte e alta de 34% em 2025; veja próximos passos para holding appeared first on InfoMoney.