Saiba quem era o trabalhador que morreu prensado em elevador no DF

Wait 5 sec.

O funcionário morto em um elevador na tarde desta terça-feira (19/8) foi identificado como Benedito Fernando de Araújo Souza, 46 anos. Ele trabalhava na empresa Atlas Schindler, que é a fabricante do elevador que quebrou. Segundo relatos, o homem era um técnico experiente.Benedito morreu enquanto fazia manutenção nos elevadores da torre D do condomínio em Ceilândia. A principal hipótese é de que ele teria confundido o elevador quebrado, que era o social. Ao fazer a inspeção do cabo no elevador de serviço, o equipamento teria sido acionado e prensou o homem.Em nota, a administração afirma que somente a perícia oficial poderá descrever, com precisão, a dinâmica do acidente. “Conforme registrado, a equipe da empresa terceirizada atuava em conjunto, realizando os serviços necessários de manutenção. No entanto, no momento do infortúnio, o referido técnico se encontrava sozinho no elevador decargas/serviço, enquanto os demais profissionais realizavam manutenção em um dos elevadores sociais da mesma torre”, destacou a nota.6 imagensFechar modal.1 de 6Homem morre em elevador Diana Evelly/Metrópoles2 de 6Acidente ocorreu em prédio residencial de Ceilândia Diana Evelly/Metrópoles3 de 6Vítima foi prensada em elevador Diana Evelly/Metrópoles4 de 6Dianna Evilly/Metrópoles5 de 6Bombeiros fazem o resgate do corpo Dianna Evilly/Metrópoles6 de 6Bombeiros foram acionadosDianna Evilly/MetrópolesO texto afirma que a administração esteve presente no local desde o primeiro momento até a conclusão do resgate, prestando todos os esclarecimentos necessários às autoridades e aos condôminos, e permanece integralmente à disposição das autoridades competentes para colaborar com as investigações em curso.Ao Metrópoles, a síndica Tainá Matos Fernandes declarou que vai à delegacia prestar depoimento. Segundo ela, todos os elevadores estão com todas as manutenções e prevenções em dia.O que se sabe até o momento:A casa de máquina dá acesso aos três elevadores da torre “D” do condomínio residencial.O funcionário deveria consertar o elevador social – quebrado há cerca de um mês e meio. Ele, contudo, entrou na porta errada, no de serviço, que estava em funcionamento.As informações preliminares indicam que ele ficou prensado no andar.A equipe contava com três funcionários e dois deles realizavam outras manutenções no momento da tragédia.Os colegas de serviço da vítima estranharam a demora no retorno, até que uma moradora escutou pedidos de socorro vindo do fosso de elevador de serviço.Quando conseguiram acessar o local, o trabalhador já estava sem vida.Relatos dos moradores“Eu tinha acabado de chegar com meu filho e estávamos esperando um dos outros elevadores. E então começamos escutar uma pessoa gritando umas cinco vezes ‘me ajuda, socorro’. Fiquei desesperada e liguei para portaria central vir ajudar, mas quando eles chegaram, [funcionário] já tinha parado de gritar. Foi tudo muito rápido”, relatou a moradora.Ela ainda disse que o funcionário esteve presente na noite dessa segunda-feira (18/8) no local. O próprio teria explicado a ela que estava ali para arrumar e que estava apenas esperando as peças para a realização do serviço.“Ele me disse que eu não precisaria me preocupar, que o elevador era seguro e que ele não cai porque tinha todo um aparato. Hoje eu o encontrei e até cumprimentei ele e depois acabei descobrindo a tragédia”, acrescentou. Leia também Distrito Federal Trabalhador morre em elevador de prédio residencial no DF Distrito Federal Funcionário que morreu prensado teria confundido elevador quebrado Distrito Federal “Socorro, me ajuda”, gritou homem antes de morrer prensado em elevador Brasil Teto de academia cede em Alagoas e trabalhador cai em cima de personal Moradores relataram ao Metrópoles que a queixa sobre o funcionamento dos aparelhos no prédio é antiga.“Os elevadores com problemas são algo constante aqui no condomínio. Eu mesmo já tive uma experiência de a minha filha ficar presa. Normalmente eu nem deixo ela sozinha. O condomínio precisar ter uma atenção e um cuidado maior “, relatou uma moradora, que preferiu não se identificar.“Forma estranha”Outra residente do Allegro disse que, nessa segunda-feira (18/8), o elevador da torre “F” ficou funcionando de “forma estranha” a noite inteira. “Era um sobe e desce a noite toda, com a porta abrindo e fechando sem ninguém acionar nada. Até falei para o meu marido na hora de levantar não pegar nenhum elevador”, explicou.A Polícia Civil do DF (PCDF) esteve no local para fazer perícia e determinar o que causou a morte do trabalhador.