Moraes consegue algo inimaginável: unir segmento evangélico

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), conseguiu algo inimaginável: unir o dividido segmento evangélico. Líderes de várias denominações se manifestaram publicamente em defesa do pastor Silas Malafaia.Na última semana, ficou público que a PF passou a investigar Malafaia por suposta tentativa de obstruir o inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado no país. Moraes é o responsável pelo inquérito.A convergência do segmento em apoio a Malafaia foi materializada em duas manifestações. Uma delas foi enviada à coluna pela Confederação dos Conselhos de Pastores e Líderes Evangélicos do Brasil (CONCEPAB) e o Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política (FENASP). As entidades reúnem líderes dos conselhos estaduais de pastores, que lideram milhares de fiéis de diferentes igrejas de todo o país. Leia também Brasil Silas Malafaia é incluído em investigação com Jair e Eduardo Bolsonaro São Paulo Rixa evangélica: Marcos Pereira reage a xingamentos de Silas Malafaia Brasil Silas Malafaia ataca Moraes e chama ministro de criminoso. Vídeo Guilherme Amado Silas Malafaia e sua intrincada teia de apoios políticos no Rio Segundo as entidades evangélicas, “o estabelecimento de procedimentos investigatórios sem a devida observância aos princípios constitucionais transforma o inquérito em um instrumento de opressão”.Os religiosos afirmam ainda que “a Constituição assegura que ninguém pode ser compelido a agir contra suas convicções religiosas ou filosóficas” e que “qualquer violação a esses preceitos caracteriza não apenas afronta à ordem constitucional, mas também verdadeiro abuso de poder estatal, que pode se traduzir em perseguição política e religiosa, como está acontecendo com Pr. Silas Malafaia”.A outra manifestação foi feita pela bancada evangélica no Congresso. “As Frentes Parlamentares Evangélica no Congresso Nacional, Evangélica no Senado Federal e da Radiodifusão manifestam que acompanharão, com intensa atenção e preocupação, a inclusão do pastor Silas Malafaia no inquérito que apura suposta obstrução no processo relacionado à tentativa de golpe de Estado”, afirmaram os grupos de parlamentares evangélicos em nota pública.Na nota, dizem ainda que “a escalada de medidas sem critérios técnicos claros, somada à divulgação de informações à imprensa antes de comunicação formal aos advogados do investigado, bem como a eventual ocorrência de vazamentos seletivos, configura prática que compromete a isonomia processual e abala a confiança no sistema de Justiça. É dever do Estado assegurar que os procedimentos sejam conduzidos com probidade, observância estrita da lei e respeito ao sigilo legal”.