O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez novas acusações polêmicas neste fim de semana, ao afirmar que a cantora Beyoncé teria recebido US$ 11 milhões para declarar apoio à atual presidente Kamala Harris durante a campanha eleitoral de 2024. Segundo ele, o pagamento caracterizaria uma “ilegalidade eleitoral” e deveria ser investigado imediatamente pelas autoridades.“Ela nem sequer cantou! Onze milhões só para dizer que apoia a Kamala? Isso é uma vergonha! Isso é corrupção! Isso é crime eleitoral!”, escreveu Trump em sua conta na rede Truth Social.O ex-presidente também citou outras figuras públicas, como Oprah Winfrey e o reverendo Al Sharpton, alegando que eles teriam recebido, respectivamente, US$ 3 milhões e US$ 600 mil por apoio político à chapa democrata. Trump defendeu que todos deveriam ser responsabilizados por suposta “compra de apoio” durante o período eleitoral.Apesar da contundência das acusações, não há qualquer comprovação oficial dos valores citados por Trump. Segundo documentos registrados na Comissão Federal de Eleições (FEC), a campanha de Kamala Harris pagou apenas US$ 165 mil à Parkwood Entertainment, empresa de Beyoncé, para cobrir custos de produção de um comício realizado em Houston, no estado do Texas, em outubro de 2024.A quantia declarada inclui despesas técnicas, logísticas e operacionais, comuns em eventos de grande porte. Especialistas em direito eleitoral consultados pela imprensa norte-americana afirmam que o valor é compatível com esse tipo de serviço e não configura violação legal, uma vez que foi declarado e devidamente registrado junto à FEC.A equipe de Beyoncé também se manifestou sobre o caso. Por meio das redes sociais, Tina Knowles, mãe da cantora, afirmou que Beyoncé, inclusive, arcou com parte das despesas do próprio bolso como forma de contribuição pessoal, sem qualquer intenção comercial.“Minha filha não foi paga para apoiar ninguém. Ela fez isso porque acredita em mudanças e decidiu se posicionar. Não houve acordo, não houve cachê”, declarou Knowles.Até o momento, não há investigação formal em andamento envolvendo Beyoncé, Oprah ou Al Sharpton. A campanha de Kamala Harris também não foi notificada por qualquer órgão fiscalizador a respeito das acusações. Procurada por veículos de imprensa, a equipe da presidente considerou a fala de Trump “infundada” e motivada por intenções eleitorais.