Pastor que hipnotizava adolescentes para abusar deles é preso

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Um pastor de 49 anos foi preso na última sexta-feira (26/7), por suspeita de usar artifícios religiosos e sessões de hipnose para abusar sexualmente de adolescentes do sexo masculino. Ele, segundo as investigações, utilizava o estado de vulnerabilidade das vítimas durante as sessões para realizar os abusos. A prisão ocorreu em Anchieta, no Espírito Santo.De acordo com a Polícia Civil, os cultos e sessões de hipnose ocorreram em três casos, na sua residência, e em um deles, no banheiro de uma igreja local. O suspeito foi preso preventivamente e está sendo investigado pelo crime estupro de vulnerável.Segundo a delegada Luiza Jacob, as investigações começaram em setembro de 2024, após a mãe de uma das vítimas registrar um boletim de ocorrência contra o pastor. Ela explica que o suspeito  “apresentava um modus operandi específico, utilizando artifícios religiosos para enganar as vítimas“. Leia também São Paulo Delegada: padrasto que envenenou jovem abusou sexualmente de vítimas Brasil Criança vítima de abuso sexual pede ajuda para “voltar a ser feliz” Mundo Ação internacional prende 20 pessoas por atos de abuso sexual infantil Brasil Empresário é acusado de estupro e abuso sexual por quase 60 mulheres “Teve ao menos quatro vítimas, todas do sexo masculino e maiores de 14 anos.  Durante esses encontros, o homem dizia que realizaria curas e submetia os jovens a sessões de hipnose. Explorando o estado de vulnerabilidade das vítimas durante a hipnose, os abusos ocorriam”, explicou a delegada.Apesar das vítimas serem maiores de 14 anos de idade, o caso foi enquadrado no artigo 217-A, §1º, do Código Penal, que define como vulnerável a pessoa que não consegue oferecer resistência, mesmo sem o uso de violência física ou ameaça grave.“Nesse caso, embora não tenha havido violência física ou grave ameaça, as sessões de hipnose criavam uma situação em que as vítimas estavam impossibilitadas de resistir. Foi com base nisso que a conduta foi enquadrada como estupro de vulnerável, conforme entendimento da Polícia Civil e do Ministério Público”, explicou.