O dólar voltou a ganhar força em dia de ajuste das posições após as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, a flexibilização do “tarifaço” do presidente norte-americano, Donald Trump, sobre os produtos brasileiros e rumores de avanços das negociações entre Palácio do Planalto e Casa Branca.Nesta quinta-feira (31), o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações a R$ 5,6008, com alta de 0,21%. new TradingView.MediumWidget( { "customer": "moneytimescombr", "symbols": [ [ "USDBRL", "USDBRL" ] ], "chartOnly": false, "width": "100%", "height": "300", "locale": "br", "colorTheme": "light", "autosize": false, "showVolume": false, "hideDateRanges": false, "hideMarketStatus": false, "hideSymbolLogo": false, "scalePosition": "right", "scaleMode": "Normal", "fontFamily": "-apple-system, BlinkMacSystemFont, Trebuchet MS, Roboto, Ubuntu, sans-serif", "fontSize": "10", "noTimeScale": false, "valuesTracking": "1", "changeMode": "price-and-percent", "chartType": "line", "container_id": "da53df3"} ); O movimento acompanhou a tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, subia 0,25%, aos 100,060 pontos.LEIA MAIS: Comunidade de investidores Money Times reúne tudo o que você precisa saber sobre o mercado; cadastre-seEm julho, o dólar acumulou valorização de 3,07% sobre o real. O que mexeu com o dólar hoje?O real perdeu força com o enfraquecimento das commodities no mercado internacional e acompanhou a valorização do dólar ante moedas fortes.No cenário externo, as negociações tarifárias dos Estados Unidos com países parceiros continuaram nos holofotes. Dessa vez, a Casa Branca firmou um acordo com o México.Segundo a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, as tarifas de 30%, que entrariam em vigor nesta sexta-feira (1º), ficarão suspensas por 90 dias para a continuidade das conversas com o governo dos EUA. As declarações foram dadas após uma ligação de Sheinbaum com o presidente norte-americano Donald Trump.O acordo também foi confirmado por Trump. “O México continuará pagando uma tarifa de 25% sobre fentanil, 25% sobre carros e 50% sobre aço, alumínio e cobre. Além disso, o México concordou em encerrar imediatamente suas barreiras comerciais não tarifárias, que eram muitas”, disse o chefe da Casa Branca em uma publicação no Truth Social.O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, também afirmou que um acordo com a China “está próximo, mas não está 100% concluído”, em entrevista à CNBC nesta quinta-feira (31). A pausa temporária das tarifas acaba em 12 de agosto.Os dados da economia norte-americana também movimentaram o câmbio. O índice de preços (PCE) subiu 0,3% em junho, segundo divulgado pelo Bureau of Economic Analysis (BEA) nesta quinta-feira (31). O PCE foi a 2,6% em um ano — acima da meta de 2% perseguida pelo Federal Reserve (Fed).Já os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 1.000, para 218.000 com ajuste sazonal na semana encerrada em 26 de julho, segundo o Departamento do Trabalho ndo país. Os economistas consultados pela Reuters previam 224.000 pedidos para o período.Por aqui, os investidores continuaram repercutindo o “alívio” no ‘tarifaço’ sobre os produtos brasileiros. Segundo carta divulgada pela Casa Branca ontem (30), quase 700 itens serão isentos da tarifa de importação, entre eles: metais de silício, ferro-gusa, aeronaves civis e suas peças e componentes, alumina de grau metalúrgico, minério de estanho, madeira, metais preciosos, energia e produtos energéticos e fertilizantes, além de produtos agrícolas como castanha-do-pará, suco e polpa de laranja.Para os produtos fora da lista de isenção, a tarifa de adicional de 40% entra em vigor na próxima quarta-feira (6). Ao todo, o Brasil será tarifado em 50%.Ainda ontem (30), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a Selic em 15% ao ano, como o esperado.Além disso, os dados macroeconômicos ficaram em segundo plano. Entre eles, a taxa de desemprego no Brasil recuou mais do que o esperado e foi a 5,8% no segundo trimestre de 2025 (2T25), marcando o resultado mais baixo na série histórica iniciada em 2012.