O diplomata americano John Kelley afirmou, nesta quinta-feira (31), que o presidente dos EUA, Donald Trump, deixou claro que quer um acordo para acabar com a guerra da Ucrânia até 8 de agosto.“Tanto a Rússia quanto a Ucrânia precisam negociar um cessar-fogo e uma paz duradoura. É hora de fechar um acordo. O presidente Trump deixou claro que isso precisa ser feito até 8 de agosto. Os Estados Unidos estão preparados para implementar medidas adicionais para garantir a paz”, disse o diplomata americano John Kelley ao conselho de 15 membros.O pronunciamento foi feito no Conselho de Segurança das Nações Unidas, que possui 15 membros, como França, Reino Unido, China e outros.A Rússia, que nega ter como alvos civis na guerra, intensificou os ataques aéreos contra cidades ucranianas distantes das linhas de frente da guerra, situadas no leste e no sul, nos últimos meses. Leia mais Alemanha pressiona Israel para fim da guerra e alerta para isolamento Democratas criticam uso de Lei Magnitsky contra Moraes: "Abuso de poder" Processo para reconhecer Estado palestino deve começar agora, diz Alemanha Milhares de civis, a grande maioria ucranianos, foram mortos desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022.Kiev e Moscou realizaram três rodadas de negociações em Istambul este ano, que resultaram em trocas de prisioneiros e corpos, mas nenhum avanço foi feito para apaziguar o conflito.Entenda a guerra na UcrâniaA Rússia iniciou a invasão em larga escala da Ucrânia em 2022 e detém atualmente cerca de um quinto do território do país vizinho.Ainda em 2022, o presidente russo, Vladimir Putin, decretou a anexação de quatro regiões ucranianas: Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia.Os russos avançam lentamente pelo leste e Moscou não dá sinais de abandonar seus principais objetivos de guerra. Enquanto isso, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, pressiona por um acordo de paz.A Ucrânia tem realizado ataques cada vez mais ousados dentro da Rússia e diz que as operações visam destruir infraestrutura essencial do Exército russo.O governo de Putin, por sua vez, intensificou os ataques aéreos, incluindo ofensivas com drones.Os dois lados negam ter como alvo civis, mas milhares morreram no conflito, a grande maioria deles ucranianos.Acredita-se também que milhares de soldados morreram na linha de frente, mas nenhum dos lados divulga números de baixas militares.Os Estados Unidos afirmam que 1,2 milhão de pessoas ficaram feridas ou mortas na guerra.