Ambev (ABEV3) lucra R$ 2,79 bilhões no 2T25, alta de 13,8%, mesmo com queda de volumes

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A Ambev (ABEV3) reportou lucro líquido de R$ 2,79 bilhões no segundo trimestre de 2025 (2T25), crescimento de 13,8% em relação aos R$ 2,45 bilhões do mesmo período de 2024. O número vem em linha com o projetado pelo BTG Pactual.O resultado foi impulsionado pelo aumento do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e pela menor despesa com imposto de renda, que compensaram o recuo nos volumes e a maior despesa financeira líquida.O Ebitda ajustado somou R$ 6,15 bilhões, avanço de 7,6% em um ano, com margem de 30,6%, 1,6 ponto percentual acima do 2T24. A receita líquida ficou em R$ 20,09 bilhões, praticamente estável no critério reportado (+0,2%), mas com alta orgânica de 3,4%, sustentada pelo aumento de 8,4% na receita por hectolitro (ROL/hl).LEIA TAMBÉM: Quais as empresas mais promissoras para investir com a temporada de balanços do 2º trimestre de 2025 no radar? Veja como receber recomendações de onde investir de forma gratuitaOs volumes totais caíram 4,5%, para 39,57 milhões de hectolitros, pressionados por uma indústria mais fraca no Brasil e na América Central e Caribe, parcialmente compensada pelo crescimento na América Latina Sul e no Canadá.Desempenho por região:Brasil: o volume recuou 6,5%, pressionado por temperaturas mais baixas, especialmente em junho. O Ebitda ajustado cresceu 2,4%, com expansão de margens.América Latina Sul: destaque positivo, com alta de 2,9% em volumes e crescimento de 42,8% no Ebitda ajustado, impulsionado por Bolívia e Argentina.América Central e Caribe: volumes caíram 4,4%, mas o Ebitda avançou 5,9% com expansão de margens.Canadá: volume subiu 0,8%, e o Ebitda teve alta de 4,4%, apoiado na força das megabrands e na premiumização — marcas super premium.O lucro bruto foi de R$ 10,04 bilhões, com crescimento orgânico de 3,5%, enquanto o CPV/hl (Custo dos Produtos Vendidos por hectolitro) subiu 8,3%, refletindo pressões de câmbio e preços de commodities, principalmente alumínio. O SG&A (Despesas Comerciais, Gerais e Administrativas, em inglês) total caiu 3,6% no reportado e ficou praticamente estável em termos orgânicos.A Ambev destacou que encerrou o primeiro semestre de 2025 encorajada pelo desempenho e mantém confiança na capacidade de entregar mais um ano de crescimento com geração de valor.A companhia ressaltou que a forte geração de caixa permitiu ao Conselho de Administração aprovar, em 30 de julho, dividendos intermediários de aproximadamente R$ 2 bilhões, com pagamento previsto para outubro.Segundo a administração, a gestão de receita, digitalização e força das marcas premium ajudaram a sustentar margens em meio à pressão de custos com câmbio e insumos. Além disso, acrescentou que está bem posicionada para enfrentar “ventos contrários de câmbio e commodities”.