O Ibovespa futuro (WINQ25) encerrou a última sessão (30) em alta de 0,90%, em um pregão marcado por forte volatilidade.O mercado reagiu à oficialização da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre exportações brasileiras, com amplas exceções — o que trouxe bastante oscilação ao longo do dia.VEJA TAMBÉM: O Copom decidiu e a Selic foi mantida em 15%: entenda o impacto no mercado e como investir após a reuniãoDe acordo com a análise técnica do BTG Pactual desta quinta-feira (31), no gráfico de 60 minutos, que avalia o comportamento do mercado a cada hora, o índice chegou a testar a região de suporte em 132.300 pontos, mas se recuperou em seguida.O destaque está no comportamento das médias móveis de 21 e 50 períodos, indicadores que acompanham a direção de curto prazo: ambas estão se aproximando e podem formar um cruzamento de alta.Caso esse movimento se confirme, os próximos alvos técnicos ficam na faixa de 135.500 a 136.500 pontos.Já o dólar futuro (WDOQ25) encerrou o dia praticamente estável. Apesar da volatilidade, a moeda segue presa em uma zona de indefinição e não conseguiu superar a resistência em 5.630 pontos.Para os analistas, a formação de fundos ascendentes continua visível no gráfico de 60 minutos. O suporte mais próximo está em 5.570 pontos, seguido por 5.540 pontos. Um rompimento claro para cima ou para baixo será necessário para indicar a próxima direção de tendência.BTG vê alívio com isenções tarifárias, mas alerta para possíveis impactosNo mercado de ações, o radar diário do BTG desta quinta-feira (31) destacou os impactos das tarifas adicionais dos EUA sobre empresas brasileiras.Duas companhias foram poupadas: a Embraer (EMBR3) e a Suzano (SUZB3). A Embraer, que ficaria sujeita a um custo extra de cerca de US$ 311 milhões, viu suas ações dispararem após a confirmação de que a aviação civil não será taxada. O banco recomenda compra, com preço-alvo de R$ 94,00.Já a Suzano também escapou, garantindo que cerca de 15% da receita não sofrerá impacto. O alvo fica em R$ 73, com recomendação de compra mantida.Em contrapartida, a Weg (WEGE3) não foi beneficiada e deve enfrentar tarifas de 50% sobre motores e cobre, o que pode afetar 25% do seu Ebitda de 2025. Os analistas ainda recomendam compra, com preço-alvo de R$ 54,00.Além disso, o banco analisou os resultados do Bradesco (BBDC4), que vieram sólidos, mas manteve recomendação neutra por ainda ver desafios na transformação digital.No setor do agronegócio, o BTG chamou atenção para as tarifas que vão atingir carne bovina, café e açúcar orgânico exportados para os EUA, com Minerva (BEEF3) e Jalles Machado (JALL3) entre as mais impactadas.Outros destaques foram o bom desempenho da JBS (JBSS32) via Pilgrim’s Pride nos EUA, México e Europa; os números positivos da TIM (TIMS3), que superaram expectativas e reforçam o potencial de retorno em dividendos; e as perspectivas para o setor de gás de cozinha com o novo programa “Gás para Todos”.Na área de infraestrutura, a EcoRodovias (ECOR3) reportou alta de 19% no Ebitda do segundo trimestre de 2025 (2T25), mas ainda opera com alavancagem elevada. Já a Ambev (ABEV3) mostrou margens em alta, mas volumes fracos no Brasil, mantendo a recomendação neutra.*A Ágora não divulgou suas recomendações para day trade nesta quinta-feira (31).E MAIS: Selic mantida em 15% – entenda como isso afeta os seus investimentos