829 km de extensão: cientistas confirmam maior relâmpago já registrado no mundo

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Um relâmpago com 829 quilômetros de extensão, registrado em 2017 nos Estados Unidos, foi confirmado como o maior já identificado no mundo pela Organização Meteorológica Mundial (OMM). As informações são do jornal The Guardian.O fenômeno ocorreu sobre a região das Grandes Planícies, indo do leste do Texas até a grande Kansas City, no Missouri — uma distância equivalente à que separa Brasília a Salvador. Esse novo recorde superou o anterior em quase 50 quilômetros, também registrado na mesma região em 2020.O avanço tecnológico foi fundamental para essa descoberta. Desde 2016, satélites em órbita geoestacionária, como o modelo mais recente da NOAA (a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA), têm permitido mapear relâmpagos com maior precisão e abrangência. Antes, sensores terrestres limitavam a capacidade de medir a duração e o alcance desses fenômenos, dificultando a identificação de eventos extremos como este.Ao Guardian, Michael J. Peterson, pesquisador do Centro de Pesquisa de Tempestades Severas do Instituto de Tecnologia da Geórgia, destacou que a medição contínua a partir do espaço representa um salto importante para a ciência do clima. “Os extremos do que o relâmpago pode alcançar são difíceis de estudar, pois ultrapassam os limites do que podemos observar na Terra”, afirmou. Além do comprimento, as novas tecnologias também registraram o maior tempo de duração de um único relâmpago, que foi de 17,1 segundos na América do Sul em 2020.Especialistas alertam que esses fenômenos podem se estender por grandes distâncias a partir da tempestade que os originou, aumentando os riscos para pessoas em áreas abertas.A OMM recomenda que, durante tempestades com relâmpagos, as pessoas busquem abrigo em construções sólidas com instalações elétricas e hidráulicas ou em veículos fechados com teto metálico, para garantir segurança.The post 829 km de extensão: cientistas confirmam maior relâmpago já registrado no mundo appeared first on InfoMoney.