Era um mundo sem internet e redes sociais. As informações circulavam de forma mais demorada. Quando a Holanda entrou em campo na Copa de 1974, pela primeira vez, muita gente ficou assustada, surpreendida. O próprio técnico da seleção brasileira, na época, Mário Jorge Lobo Zagallo, desconhecia o poderio do “carrossel”. Por ironia, a equipe nacional não chegou à finalíssima da competição, na Alemanha, justamente por causa de uma derrota para os comandados de Rinus Michels.Sábado, 11h30 da manhã de 15 de junho de 1974. Dia em que o mundo conheceu a “Laranja Mecânica”, como a Holanda passou a ser chamada, em referência ao título do filme de Stanley Kubrick. As peças do time treinado por Rinus Michels não guardavam posição fixa e confundiam a marcação. Os jogadores se movimentavam como um carrossel. Johan Cruyff era o cérebro da equipe. Neeskens, Van Hanegem, Krol e Rensenbrink deixaram os uruguaios atordoados naquele dia em Hannover. A “Celeste” tinha Pedro Rocha, Pablo Forlán, Luis Cubilla, Fernando Morena e o goleiro Ladislao Mazurkiewicz. Rep foi o autor dos gols: aos 16 do primeiro tempo e aos 41 da etapa final. Quem tiver chance de rever esta partida na internet, verá imagens surpreendentes. A impressão que dá é que a Holanda está com vinte jogadores em campo e Uruguai, a metade. Siga o canal da Jovem Pan Esportes e receba as principais notícias no seu WhatsApp! WhatsApp A equipe holandesa é, até hoje, a única seleção a derrotar na mesma Copa as três melhores seleções da América do Sul: Brasil, Argentina e Uruguai. Na final, a equipe europeia perdeu para a Alemanha, dona da casa: 2 a 1. São coisas do futebol. Leia também Brasil poderá amargar o maior jejum de títulos, caso não conquiste a Copa de 2026 Mauro Ramos de Oliveira, capitão na Copa de 1962, exaltava o futebol ofensivo