Foto: Arquivo AGORA NA REGIÃOEntre o início desta semana e da semana que vem milhares de estudantes de todas as idades retornaram ou se preparam para o retorno às aulas. Embora esse momento costuma ser marcado por reencontros, expectativas e novas descobertas, também pode vir acompanhado de sentimentos como ansiedade, insegurança e desânimo, especialmente após um período de descanso prolongado.A mudança de rotina, o ajuste aos horários e a retomada das responsabilidades escolares podem impactar no bem-estar emocional, principalmente entre crianças e adolescentes. Diante disso, profissionais da saúde mental alertam para a importância de acolher esses sentimentos e adotar estratégias que favoreçam uma adaptação mais tranquila. A psicóloga Valquíria trabalha no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Mirandópolis. Foto: DivulgaçãoPara a psicóloga Valquíria Moreno da Cunha Santos, do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Mirandópolis, é essencial compreender que esse misto de sensações faz parte do processo de transição. “A volta às aulas é um período que pode gerar muitas emoções. É comum sentir ansiedade e desânimo. Afinal, sair de um período de descanso e flexibilidade para uma rotina mais estruturada, com horários, tarefas e responsabilidades, exige uma boa dose de adaptação. Sentir um pouco de ansiedade ou desânimo é normal diante de uma nova fase. O importante é reconhecer esses sentimentos e buscar estratégias para lidar com eles de forma saudável”, orienta.Cibelle é psicóloga e atua na educação de Lavínia. Foto: DivulgaçãoCibelle Cristina Marchi de Angelo Dourado, psicóloga que atua na educação de Lavínia, explica que se o estudante, principalmente nos anos iniciais, apresentar-se de maneira muito ansiosa, pode ser um sinal de que existe algum conflito interno ou medo não verbalizado. “A ansiedade, muitas vezes, é resultado de emoções que não conseguimos expressar ou processar adequadamente. O retorno às aulas não deixa de ser um novo ciclo cheio de expectativas e é natural sentir um certo grau de nervosismo. A maneira adequada de ajudar é permitir que externalizem essas emoções para que sejam reconhecidas e passem a lidar com os sentimentos de maneira mais saudável, recebendo escuta, apoio e acolhimento dos familiares e responsáveis. É importante também lembrá-los de experiências prazerosas no ambiente escolar para ajudá-los a lidar com o desânimo. Porém, se os sintomas de ansiedade forem intensos é fundamental considerar a ajuda profissional”, destaca.O post Volta às aulas: como enfrentar a ansiedade e o desânimo nesse período de transição apareceu primeiro em AGORA NA REGIÃO.