O governo russo afirmou nesta terça-feira (29) que “tomou nota” de uma declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que ele estava encurtando o prazo para Moscou assinar um cessar-fogo na Ucrânia ou enfrentar sanções.Trump estabeleceu um novo prazo na segunda-feira (28), de 10 ou 12 dias, para a Rússia avançar no sentido de encerrar a guerra na Ucrânia ou enfrentar as consequências, ressaltando a frustração com o presidente Vladimir Putin em relação ao conflito de três anos e meio.Questionado sobre a declaração de Trump nesta terça-feira, durante uma teleconferência com repórteres, o Kremlin manteve-se breve. Análise: Novo prazo de Trump à Rússia é visto com descrédito Ex-presidente da Rússia diz que ultimatos de Trump são passos rumo à guerra Análise: Ultimato de Trump à Rússia não deve convencer Putin a parar guerra “Tomamos nota da declaração do presidente Trump de ontem. A operação militar especial continua”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, empregando o termo que Moscou usa para a operação de guerra na Ucrânia.Ele continuou afirmando, “continuamos comprometidos com um processo de paz para resolver o conflito em torno da Ucrânia e garantir nossos interesses no curso desta solução.”O presidente dos EUA ameaçou, em 14 de julho, impor novas sanções à Rússia e aos compradores de suas exportações dentro de 50 dias, prazo que expiraria no início de setembro.Mas na segunda-feira (28), durante uma visita à Escócia, ele encurtou esse prazo dizendo: “Não há motivo para esperar… Simplesmente não vemos nenhum progresso sendo feito.”Trump, que manteve meia dúzia de ligações com o líder do Kremlin desde que retornou à Casa Branca em janeiro, também afirmou que “não estava tão interessado em conversar mais”.Peskov não quis comentar a observação.