Tatuagens de 2.500 anos são encontradas em múmia congelada

Wait 5 sec.

Pesquisadores do Instituto Max Planck de Geoantropologia e da Universidade de Berna, na Suíça, identificaram uma série de tatuagens em uma múmia de 2.500 anos encontrada na Sibéria. Os desenhos foram revelados a partir de imagens de alta resolução.As varreduras mostram marcas “intricadas, nítidas e uniformes”, invisíveis a olho nu. Estão representados leopardos, um veado, um galo e uma criatura lendária, metade leão e metade águia, que podem ajudar a entender mais sobre a cultura antiga da região.Modelo 3D criado da múmia Pazyryk (Imagem: M. Vavulin/Antiquity)Tatuagens podem revelar segredos do povo nômade pazyrykDe acordo com os cientistas, as tatuagens pertencem a uma mulher que tinha cerca de 50 anos de idade quando foi mumificada.Ela fazia parte do povo nômade pazyryk, que cavalgava pelas vastas estepes que ligam a China à Europa.Segundo a equipe, os desenhos revelam como esse povo antigo era sofisticado.Eles ainda podem servir para desvendar mistérios sobre essa população, cuja maior parte das evidências foi destruída ao longo do tempo. As múmias pazyryk foram encontradas no século XIX, no interior de túmulos de gelo nas montanhas Altai, na Sibéria. No entanto, as tatuagens não foram descobertas logo de cara.Foi apenas utilizando fotografia digital de infravermelho próximo, no Museu Hermitage em São Petersburgo, na Rússia, que especialistas conseguiram criar imagens em alta resolução das decorações da pele.As descobertas foram publicadas na revista Antiquity.Leia maisTecnologia usa laser para revelar tatuagens em múmias do PeruTécnica a laser revolucionária expõe tatuagens de múmiasTatuagens nunca vistas são descobertas em múmia de 800 anosUm dos desenhos retrata corpos entrelaçados e cenas de batalha muito intensas com animais selvagens (Imagem: Daniel Riday/Antiquity)Diversos animais são representadosDe acordo com o estudo, no antebraço direito, a mulher pazyryk tinha uma imagem de leopardos em torno da cabeça de um veado. Já no braço esquerdo, o grifo lendário, com corpo de leão e cabeça e asas de águia, parece estar lutando contra um veado. Os pesquisadores explicam que corpos entrelaçados e cenas de batalha muito intensas com animais selvagens são típicas desta cultura.Todos os desenhos foram reproduzidos pelo pesquisador Daniel Riday, que ajudou no trabalho. Ele descobriu que a qualidade das tatuagens era diferente em cada um dos braços, o que indica que pessoas diferentes fizeram as marcas ou que houve erros na sua elaboração.Desenhos foram recriados por pesquisador (Imagem: Daniel Riday/Antiquity)Analisando os desenhos no corpo da mulher, os cientistas acreditam que as tatuagens provavelmente foram estampadas sobre a pele antes de serem tatuadas. Para isso, teria sido empregada uma ferramenta em forma de agulha, com diversas pontas pequenas, provavelmente feita de chifre ou osso animal, além de uma agulha de uma ponta só. Os pigmentos provavelmente eram feitos de material vegetal queimado ou fuligem.O post Tatuagens de 2.500 anos são encontradas em múmia congelada apareceu primeiro em Olhar Digital.