Mulher espancada com 60 socos foi agredida por ciúmes, diz polícia

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O caso da mulher espancada pelo namorado com mais de 60 socos, no elevador de um condomínio em Natal (RN), começou quando Igor Cabral e Juliana Garcia estavam em um churrasco entre amigos.Segundo a Polícia Civil, o agressor teria pedido para ver o celular da vítima, que mostrou mensagens no aparelho para Igor. A delegada Victória Lisboa, que investiga o caso, esclareceu como o crime se deu.“Eles estavam fazendo churrasco, estavam em um momento de confraternização com os amigos. Momento em que ele pediu para ver o celular dela. Ela mostrou o celular, falou que as mensagens não tinham nada demais, palavras dela. Momento em que ele ficou enciumado e queria conversar com ela”. Ainda segundo a Polícia, após uma discussão por conta do ciúmes, Igor subiu de elevador para tentar tirar as coisas dele da casa de Juliana. Ela seguiu o namorado para conversar. A agressão ocorreu logo após a tentativa de acalmar os ânimos.“Ele entra no elevador e pede para ela se retirar do elevador. Ela, justamente, já temendo por qualquer conduta que ele poderia praticar contra ela, sabendo que no corredor não teriam imagens de câmeras para pegar o ato, ela permaneceu dentro do elevador no momento em que ele foi e a agrediu“, explicou a delegada. Leia Mais Mulher espancada com 60 socos vai passar por cirurgia; veja estado de saúde Ex-jogador que espancou namorada com 60 socos já havia agredido ela antes Mulher espancada com 60 socos pelo namorado se pronuncia nas redes sociais Outras agressões e “incentivo à morte”Segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Norte, essa não foi a primeira vez que Igor Cabral teria agredido Juliana.Em um formulário preenchido, a mulher informou que já havia sido agredida com empurrões e que também sofria violência psicológica grave. De acordo com a corporação, Juliana teria conversado com Igor sobre a possibilidade de tirar a própria vida e “ele incentivava ela a tomar essa atitude“.O caso, ocorrido no sábado (26), foi registrado por câmeras de segurança do elevador, mostrando a brutalidade das agressões que desfiguraram o rosto da vítima e causaram ferimentos graves. Veja abaixo:https://admin.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2025/07/WhatsApp-Video-2025-07-28-at-17.50.00.mp4O agressor foi preso no local e conduzido à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM). A vítima foi levada para o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel. Os ferimentos são considerados graves.Estado de saúde de JulianaJuliana Garcia está consciente, medicada e com o estado de saúde estável.A informação foi divulgada por uma amiga da vítima, que organiza uma vaquinha online para ajudar nos custos do tratamento. De acordo com a atualização, Juliana ainda apresenta um “enorme” edema facial, o que inviabiliza uma cirurgia imediata.O que sabe sobre casoO procedimento está previsto para ocorrer no fim de semana, após a redução do inchaço. Ela está em dieta líquida pastosa e sob uso constante de medicação para controle da dor.Quem é Igor Cabral e o que ele alegaIgor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos integrou a seleção brasileira de basquete 3×3 e disputou torneios internacionais, incluindo campeonatos mundiais.O nome dele também consta nos registros da Liga Nacional de Basquete e dos Jogos Olímpicos. Após a repercussão do caso, Igor desativou as redes sociais.Em depoimento à polícia, o ex-jogador alegou ter sofrido um “surto claustrofóbico“ no momento da violência.Ele alegou que sofre de claustrofobia e que a agressão foi desencadeada por um desentendimento com Juliana, que, segundo ele, não abriu o portão e a porta de casa e, em seguida, o xingou e rasgou sua camisa dentro do elevador.Durante o mesmo interrogatório, questionado sobre a existência de deficiências em seus filhos, Igor Cabral informou que um de seus filhos está no espectro autista. Ainda não se sabe quais foram as outras alegações do ex-jogador de basquete sobre o momento da agressão. A investigação prossegue para determinar as responsabilidades e o desfecho legal deste grave episódio de violência doméstica.A Polícia Civil do Rio Grande do Norte, apura o caso como tentativa de feminicídio, mas esse indiciamento ainda depende de outros fatores.Veja crimes que homem pode ser indiciado