Se publicamente o governo tentar surfar na retórica da soberania nacional, nos bastidores integrantes do governo Lula já demonstram apreensão com os impactos econômicos do tarifaço prometido por Donad Trump.A avaliação de assessores próximos ao presidente Lula é de que o discurso de enfrentamento “tem limite” e que a conta dos prejuízos da medida pode chegar às urnas nas eleições de 2026, quando o petista tentará reeleição.4 imagensFechar modal.1 de 4Trump, Bolsonaro e LulaArte Metrópoles2 de 4Lula e TrumpArte/Metrópoles3 de 4Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o presidente dos Estados Unidos, Donald TrumpLara Abreu / Arte Metrópoles 4 de 4Lula e TrumpMetrópolesPara auxiliares presidenciais, a narrativa da soberania, embora eficiente para mobilizar a base e sinalizar firmeza frente à pressão externa, não seria suficiente para compensar as consequências tarifaço no bolso dos brasileiros. Leia também Igor Gadelha Tarifaço: chanceler de Lula avisa governo Trump que está nos EUA Igor Gadelha O que Dilma tem dito sobre o tarifaço prometido por Trump Igor Gadelha Com tarifaço iminente, empresários vão aos EUA com uma prioridade Igor Gadelha Tarifaço: governo Lula enfrenta dificuldades para negociar com Trump “O que preocupa, de verdade, é quando o supermercado ficar mais caro, quando a indústria começar a demitir. Aí, não tem soberania que segure a insatisfação popular”, comentou reservadamente um interlocutor do governo à coluna.Nesse cenário, além da retórica da soberania, ministros de Lula pretende reforçar o discurso de que o governo tem atuado para tentar reverter o tarifaço, prometido para começar a partir da sexta-feira, 1º de agosto.