Os microplásticos estão presentes em praticamente todos os lugares, sendo identificados no solo e até mesmo na água. Segundo cientistas, o consumo destas pequenas partículas aumentou seis vezes desde 1990.Estes números podem ser comprovados pela presença dos materiais em diversos órgãos humanos. No entanto, ainda não sabemos ao certo qual o impacto deles na nossa saúde. Uma pergunta que um novo estudo tenta responder.Estes pequenos pedaços de plástico podem ser perigosos (Imagem: Deemerwha studio/Shutterstock)Efeitos dos microplásticos ainda não são totalmente conhecidosOs microplásticos são pequenas partículas sólidas de materiais baseados em polímero com menos de cinco milímetros de diâmetro.Além de levar milhares, ou até milhões de anos para se decompor, elas estão espalhadas por todo o planeta, inclusive na própria água potável.Essas substâncias podem ser divididas em duas categorias: primárias e secundárias.Os primários são projetados para uso comercial: são produtos como cosméticos, microfibras de tecidos e redes de pesca.Já os secundários resultam da quebra de itens plásticos maiores, como canudos e garrafas de água.Este tipo de material já foi detectado em diversos órgãos humanos, sendo encontrados no sangue, cérebro, coração, pulmões, fezes e até mesmo em placentas.Leia maisMicroplásticos são encontrados em placentas e cordões umbilicaisMicroplásticos podem afetar saúde reprodutiva humana, diz estudoHá mais microplástico em garrafas de vidro do que nas de plásticoCada pessoa pode ingerir uma enorme quantidade do material todos os dias (Imagem: SIVStockStudio/Shutterstock)Voluntários estão sendo avaliados por pesquisadoresPara tentar entender melhor os efeitos destas substâncias no organismo humano, pesquisadores estão analisando a saúde de oito voluntários que ingeriram microplásticos de forma proposital. Os resultados da pesquisa ainda não foram publicados, mas devem fornecer importantes informações sobre a presença destes materiais no nosso sangue.De acordo com a BBC, O trabalho pode ajudar, por exemplo, a revelar como os fragmentos de plástico atingem o cérebro. Uma das teorias é que as pequenas partículas circulam na corrente sanguínea e pegam uma “carona” no sistema nervoso central através dos lipídios.Substâncias estão presentes até mesmo na água (Imagem: xalien/Shutterstock)Os dados também podem revelar se os microplásticos podem causar doenças. Experimentos anteriores indicam que as substâncias podem ser consideradas um fator ambiental para a progressão de patologias como o Parkinson.Outra possibilidade é entender como as partículas podem influenciar o envelhecimento. Estudos recentes também sugeriram que a exposição aos materiais pode afetar a produção de espermatozoides nos testículos, contribuindo para o declínio da fertilidade.O post Como os microplásticos afetam a nossa saúde? apareceu primeiro em Olhar Digital.