China é boa para comércio, mas interesses com o Brasil são ponto de atenção, diz especialista

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O Brasil precisa ter cautela ao estreitar laços com a China, apesar das vantagens comerciais existentes. Esta é a análise de Roberto Dumas, professor de economia chinesa do Insper, durante sua participação no WW, que destaca importantes diferenças nas relações comerciais do Brasil com chineses e americanos.De acordo com Dumas, enquanto 80% da pauta comercial com os Estados Unidos é composta por produtos manufaturados de alto valor agregado, as negociações com a China são dominadas por commodities, representando cerca de 70% das transações, principalmente minério de ferro, produtos agrícolas e petróleo. Leia Mais Lula age como líder de governo e prejudica negociação com Trump, diz professor ao WW EUA e China retomam negociações enquanto europeus lamentam acordo tarifário Waack: Demanda política paira sobre qualquer diálogo com EUA sobre tarifa Limitações comerciais e alertasO especialista questiona a viabilidade de diversificar as exportações com a China, considerando que o país asiático já é o principal parceiro econômico do Brasil. Segundo ele, a diversificação deveria ocorrer com outros parceiros comerciais, e não com os chineses.Dumas também alerta para as possíveis implicações geopolíticas dessa relação. “Aproximar-se com a China é interessante pelo lado comercial, mas cuidado que o chinês está vindo cada vez mais para cá e querer trazer o Brasil para exercer o sharp power”, adverte.Questão da desdolarizaçãoO professor aborda ainda a questão da desdolarização, tema que ganhou destaque nas discussões dos Brics. Ele observa que, enquanto Rússia e China já avançam nessa direção através da compra de ouro, o Brasil se destacou ao manifestar-se publicamente sobre o assunto. Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNN. Clique aqui para saber mais.