Referência na dança, bailarino Décio Otero morre aos 92 anos em SP

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Morreu em São Paulo na noite dessa segunda-feira (28/7) o bailarino e coreógrafo Décio Otero, fundador do grupo Ballet Stagium, aos 92 anos.A morte do dançarino foi às 22h50 dessa segunda, de acordo com um comunicado publicado pelo grupo Stagium nas redes sociais. “O céu ficou mais bonito”, escreveu o grupo.“Sua presença iluminou nossas vidas e seu amor permanecerá em nossos corações para sempre. Que possamos encontrar conforto nas memórias que compartilhamos e na certeza de que seu legado mais de 80 ‘Obras Primas’ e sua beleza viverá em cada um de nós”, diz a nota.3 imagensFechar modal.1 de 3Nascido em Ubá, em Minas Gerais, Décio iniciou seus estudos em dança aos 17 anos em 1951, em Belo Horizonte, no Ballet de Minas GeraisReprodução2 de 3Décio criou mais de 100 coreografias própriasReprodução3 de 3A morte do dançarino foi às 22h50 dessa segunda, de acordo com um comunicado publicado pelo grupo Stagium nas redes sociaisDivulgação/Ballet StagiumA Fundação Nacional de Artes (Funarte) também publicou uma homenagem ao dançarino. “Décio construiu uma trajetória artística marcada pela ousadia, pela sensibilidade e pelo compromisso com a cultura brasileira”, escreveu.O Complexo Cultural Funarte SP, na região central da capital paulista, sedia atualmente as atividades do Projeto Joaninha, desenvolvido em parceria com o Ballet Stagium. A iniciativa oferece aulas gratuitas de balé para crianças de 7 a 14 anos da rede pública de ensino, ampliando o acesso à arte e formando novas gerações.“A Funarte se solidariza com familiares, amigos, colegas e admiradores, e reverencia a vida e a obra de Décio Otero. Sua arte segue pulsando nos corpos que formou, nos palcos que iluminou e na história da dança brasileira”.Quem foi Décio OteroNascido em Ubá, em Minas Gerais, Décio iniciou seus estudos em dança aos 17 anos em 1951, em Belo Horizonte, no Ballet de Minas Gerais.Em 1956, entrou no Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, a convite da diretora Tatiana Leskova, tornando-se solista no ano seguinte. No mesmo ano, conheceu sua futura companheira, a bailarina húngara radicada no Brasil Marika Gidali, com quem iria depois fundar o Ballet Stagium.Em 1959, Otero integrou o elenco do Ballet do Rio de Janeiro e viajou em turnê internacional. Entre 1959 e 1960, foi reconhecido com prêmios por sua participação no Pas de Deux de Cisne Negro, de Eugênia Feodorava, e Yara, de Vania Psota. A partir de 1964, passou por companhias na Suíça, Alemanha e Dinamarca. Leia também São Paulo Ouvidor da PM quer apuração de esquema para fraudar câmeras: “Grave” São Paulo Mulheres denunciam rede de vazamento de fotos íntimas em forrós de SP São Paulo Motorista bêbada bate em viatura da GCM, foge e é presa em perseguição São Paulo Após 13 dias, jovem agredida por fisiculturista recebe alta hospitalar Retornou a Minas Gerais em 1970. Em viagem a Curitiba para ministrar um curso de dança no Balé Teatro Guaíra, Marika Gidali, uma das participantes, propôs a tarefa de ambos organizarem o programa Convite à Dança, da TV Cultura, sobre diversas vertentes dessa modalidade artística. Depois desse trabalho, inaugurou o Ballet Stagium junto a Marika, com quem se casou. Criou mais de 100 obras para a companhia.Décio Otero recebeu o Prêmio Governador do Estado de São Paulo em 1961. Também foi homenageado com prêmios APCA nos anos de 1974, 1974, 1977 e 1979. Em 2005, recebeu a distinção Ordem do Mérito Cultural, do Distrito Federal. É autor dos livros As Paixões da Dança (Editora Hucitec, 1999) e Marika Gidali (Editora Senac, 2001).