SPC: Demanda por crédito acelera queda em junho com cautela sobre juro alto

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A busca por empréstimos registrou um recuo de 14,11% no mês de junho, apontam dados adiantados à CNN do Indicador de Demanda por Crédito da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito). Na margem anual, a retração registrada foi de 10,55%.A queda na demanda por crédito acelerou na passagem do mês, considerando que em maio a baixa constatada foi de 12,7%. Leia Mais BC deve manter juro em 15%, enquanto tarifaço alimenta incertezas Análise: Haddad mostra conforto e assume a força política do governo Lula FMI eleva para 2,1% projeção de crescimento do Brasil em 2026 Um ambiente de juros elevados e o peso do passivo de inadimplência estão entre os fatores que colocam tanto os consumidores como as instituições financeiras em uma posição de maior cautela e conservadorismo, segundo José César da Costa, presidente da CNDL.“Isso traduz um ciclo de crédito em ‘compasso de espera’, onde a necessidade de acesso ao financiamento se choca com um cenário macroeconômico desfavorável e uma capacidade de endividamento já comprometida por parcelas significativas da população”, afirma Costa.“A persistência de um ambiente de juros altos e o aumento do IOF sobre as operações de crédito encarecem ainda mais o custo total dos financiamentos, limitando a propensão dos consumidores a buscar novas dívidas e das instituições a concedê-las”, pontua.BC retira possibilidade de corte de juros em 2025, diz economista | Money News A Selic está, atualmente, no patamar de 15% ao ano. Mais tarde, nesta quarta-feira (30), o BC (Banco Central) divulga sua nova decisão para a taxa básica de juros, que deve ser mantida “em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado”, segundo comunicação dos próprios diretores da autarquia.É consenso no mercado que a Selic vai seguir em 15%.Por outro lado, a pesquisa ainda destaca uma ligeira melhora na taxa de efetiva contratação de crédito no mês: 1,31% do público consultado de fato fechou algum contrato, um aumento em relação aos 0,92% registrados em maio.Dentre os que contrataram em junho, a ampla maioria (80,87%) optou por empréstimos, enquanto 15,86% por financiamentos, que saltaram em comparação com os 2,88% registrados no mês anterior.Cartão com 3,09% dos optantes e consórcios com 0,57% fecham a distribuição.Juros altos preocupam 69% dos brasileiros com aumento do custo de vida