Supercomputador imita cérebro e descobrirá novos medicamentos

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A Universidade de Leipzig (Alemanha) será a casa do supercomputador “inspirado no cérebro” desenvolvido pela empresa de software alemã SpiNNcloud. O acordo marca um passo significativo da computação na medicina personalizada.O SpiNNcloud Server System é o maior sistema criado pela companhia com foco na descoberta de medicamentos. A tecnologia pode simular até 10,5 bilhões de neurônios para inteligência artificial (IA) a partir de processadores de baixo consumo, segundo um comunicado.A máquina vai auxiliar cientistas nas simulações de dobramento de proteínas em modelos combinados com perfis de pacientes. É o primeiro passo para a descoberta de fármacos de pequenas moléculas.Modelo atual foi criado por Steve Furber, projetista da arquitetura ARM original (Imagem: Divulgação/SpiNNcloud)“O enovelamento de proteínas pode ser visto como um problema de otimização em que a proteína busca encontrar seu estado de menor energia. Os supercomputadores SpiNNcloud são bons em resolver problemas de otimização e podem ser usados para encontrar estruturas proteicas ideais”, disse Jens Meiler, Diretor do Instituto de Descoberta de Medicamentos da Universidade de Leipzig (Alemanha).Em busca de eficiência no supercomputadorO sistema multimilionário foi originalmente dedicado à simulação de redes neurais biológicas usando 10 milhões de processadores ARM programáveis, segundo Christian Mayr, cofundador do SpiNNcloud;“Um protótipo de rede neural permite a triagem de 20 bilhões de moléculas em menos de uma hora, duas ordens de magnitude mais rápido do que em mil núcleos de CPU”, explicou;O modelo atual foi criado por Steve Furber, projetista da arquitetura ARM original;A estrutura é composta por 48 chips SpiNNaker2 por placa de servidor, cada um contendo 152 núcleos baseados em ARM com aceleradores especializados;Esse design permite que o supercomputador opere simulações complexas com baixo consumo de energia.Estrutura é composta por 48 chips SpiNNaker2 por placa de servidor (Imagem: SpiNNcloud/Divulgação)“Nossa arquitetura de computação inspirada no cérebro é especialmente adequada para implementar algoritmos eficientes que exigem dispersão dinâmica e paralelismo extremo”, disse Hector Gonzalez, cofundador e CEO da SpiNNcloud, ao Interesting Engineering. “Nossos sistemas são 18 vezes mais eficientes em termos de energia do que as GPUs atuais.”Leia Mais:Novo supercomputador vai mudar a detecção de desastres climáticos no BrasilNova técnica usa IA para eliminar o câncer com precisãoIA é nova aliada nos tratamentos conta tumoresUm novo modeloO SpiNNcloud Server System democratiza o acesso à infraestrutura de IA com sistemas de energia ultrabaixa, segundo a empresa. Uma abordagem que pode ser a solução para a alta demanda energética de data centers operando serviços na nuvem de forma ininterrupta.Sistemas são 18 vezes mais eficientes em termos de energia do que as GPUs atuais (Imagem: Divulgação/SpiNNcloud)Vale lembrar que o consumo de eletricidade pelos centros de dados que sustentam a IA aumentou 12% a cada ano de 2017 a 2023, de acordo com relatório da União Internacional de Telecomunicações (UIT). “A abordagem da SpiNNcloud reflete uma mudança mais ampla na computação de alto desempenho, onde a inovação exige que a infraestrutura e os algoritmos sejam coprojetados desde o início”, disse Peter Rutten, vice-presidente de pesquisa de computação de alto desempenho da Worldwide Infrastructure Research na IDC.O post Supercomputador imita cérebro e descobrirá novos medicamentos apareceu primeiro em Olhar Digital.