A apresentadora Tati Machado falou pela primeira vez a respeito da perda do filho, Rael, durante o oitavo mês de gestação, em maio deste ano. O momento aconteceu durante uma entrevista para um programa de TV.Na conversa, ela abriu o jogo sobre a dor que sentiu e como tem lidado com o ocorrido. “Sabe quando você cria aquela frase pronta pra falar para as pessoas, tipo: ‘ah, um dia de cada vez’? Outro dia, conversando com o Bruno, eu falei: ‘Bruno, eu me toquei que não é um dia de cada vez. É uma hora de cada vez’. Para mim, não existe um recomeço. Eu estou seguindo a minha vida com essa marca que é para sempre”, afirmou Tati, emocionada.“E que eu estou fortalecida, muito abastecida de amor, seguindo em frente, mas, eu lembro que não era a vida que eu estava querendo ter. Não é o que eu me preparei para ter. Essa vida que a gente tem é uma vida que foi imposta. Eu não sei como seria a outra vida, mas eu já estava transformada na versão ‘Tati mãe’”, disse.Ela ainda contou sobre como percebeu que havia perdido a criança. “Ele estava numa fase que era uma explosão de movimentos. E eu senti essa falta do movimento”, disse. No dia seguinte, Tati ouviu as batidas do coração do filho com um aparelho caseiro e foi trabalhar normalmente.Mas, ao ver nas redes sociais a notícia da perda do bebê da atriz Michelli Machado, ela decidiu ir ao hospital. “Na mesma hora, o meu mundo parou”, disse. O ultrassom confirmou: o coração de Rael havia parado. “Eu olhei pro Bruno, como a gente está aqui agora. Peguei na mão dele e falei: ‘A vida trouxe isso pra gente. E a gente vai ter que encarar juntos’”, contou Tati.O parto foi induzido e, apesar da dor, ela descreve o nascimento como um momento importante. “O parto do Rael foi um parto lindo. Com toda a tristeza que existia ali, foi lindo.”O menino nasceu no dia 13 de maio, às 8h45 da manhã. “Quando a gente conheceu o Rael, foi o nosso momento de despedida também”, afirmou Bruno. A causa da morte não foi esclarecida. “Não tem nada da medicina que explica o que aconteceu com a gente. A gente fez autópsia, exames genéticos importantes… Nada”, disse Tati.“Essa dor de perder um filho é uma dor que é muito silenciosa”, afirmou a apresentadora. “Eu quero que as pessoas possam ter as certidões com o nome que escolheram. Porque ele existiu”, afirmou, emocionada. “Você sente amor, saudade, raiva. E a culpa… Eu acho que eu nunca vou me livrar dela. Me sinto culpada porque eu acho que eu não consegui. Eu não dei conta”, desabafou.