Rosto, abdômen e coxas flácidas após emagrecer? Saiba como combater efeito

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A perda de peso rápida, seja por cirurgia bariátrica, uso de medicamentos como as canetas emagrecedoras ou mudanças no estilo de vida, tem levado muitos pacientes a enfrentarem um efeito colateral comum: a flacidez. Áreas como abdômen, braços, coxas e até o rosto são frequentemente impactadas pela sobra de pele após o emagrecimento, afetando tanto o bem-estar físico quanto emocional.Segundo especialistas, o grau de flacidez varia de acordo com fatores como idade, genética, tempo de sobrepeso e forma como o emagrecimento ocorreu. A boa notícia é que existem tratamentos disponíveis — cirúrgicos e não cirúrgicos — para melhorar o contorno corporal, mas a indicação depende da avaliação individual de cada caso. Leia Mais Tampar a boca com fita para dormir funciona? Entenda Mudança na Coca-Cola anunciada por Trump é mais saudável? Entenda Como identificar lipedema? Veja sintomas e principais exames Além de intervenções médicas, hábitos como treino de força e alimentação adequada podem complementar os cuidados. No entanto, especialistas alertam: nem sempre é possível resolver a flacidez apenas com exercícios ou cremes.Tratamentos variam conforme o grau de flacidezDe acordo com o cirurgião plástico Josué Montedonio, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o tipo de tratamento depende da quantidade de pele excedente. Em casos leves, tecnologias como ultrassom microfocado, radiofrequência e bioestimuladores de colágeno podem ser indicadas, tanto para o rosto quanto para o corpo. Mas quando há excesso de pele significativo, cirurgias como abdominoplastia, lifting de coxas, braços, mamas ou papada são mais eficazes.“O paciente precisa estar com o peso estabilizado por, pelo menos, seis meses antes da cirurgia”, orienta Montedonio. Isso ajuda a evitar novo emagrecimento após o procedimento, o que poderia comprometer os resultados. Além disso, uma avaliação clínica criteriosa é essencial antes de qualquer intervenção, incluindo exames laboratoriais e controle de deficiências nutricionais.Para muitos, a cirurgia não é apenas estética. “A sobra de pele pode causar dermatites, atrapalhar a mobilidade, a prática de atividades físicas e até a higiene íntima. Nesses casos, a cirurgia tem caráter funcional”, explica o médico.Exercício físico: importante, mas não suficienteO médico Matheus Azevedo, da Sociedade Brasileira de Medicina da Obesidade, destaca o papel dos exercícios no tratamento da flacidez, especialmente os treinos de força. “A musculação ajuda a aumentar a massa magra, o que pode melhorar o aspecto flácido da pele. Isso é especialmente útil em regiões como abdômen e coxas”, afirma.No entanto, ele reforça que, em casos de excesso de pele expressivo, o exercício físico isolado não elimina o problema. Para o rosto, por exemplo, as intervenções mais indicadas são estéticas, como tecnologias que estimulam colágeno, pois exercícios faciais têm pouca efetividade.Entre os erros comuns cometidos por quem tenta combater a flacidez apenas com atividade física estão a exclusão de treinos de força, a ênfase em exercícios aeróbicos e a negligência na ingestão de proteínas. “Treinos localizados não queimam gordura específica nem eliminam pele sobrando”, pontua Azevedo.Acompanhamento e abordagem multidisciplinar são fundamentaisAlém do aspecto físico, os especialistas alertam para os impactos emocionais da flacidez após grande perda de peso. “Muitas pessoas se olham no espelho e não se reconhecem. Pode surgir até dismorfofobia, uma insatisfação corporal acentuada”, explica Montedonio. Por isso, o processo precisa envolver uma abordagem multidisciplinar, com apoio nutricional, psicológico e, quando necessário, cirúrgico.A perda de peso, independentemente da forma, exige uma nova relação com o corpo. A cirurgia plástica pode ser uma etapa importante para recuperar autoestima e funcionalidade, mas deve ser encarada com responsabilidade e preparo.“Mais do que estética, tratamos a qualidade de vida do paciente”, conclui Montedonio.Como perder gordura abdominal? Especialistas respondem