A Meta anunciou nesta sexta-feira (25) que vai deixar de exibir anúncios políticos em suas redes sociais para usuários residentes em países da União Europeia (UE), devido à nova regulamentação do bloco para este e outros tipos de conteúdos. A medida vai entrar em vigor a partir de outubro.Propagandas relacionadas a temas eleitorais e questões sociais também não serão mais mostradas pela big tech na região, por causa do Regulamento de Transparência e Direcionamento de Publicidade Política (TTPA). Apesar das restrições, candidatos e o público em geral poderão continuar fazendo postagens e debatendo tais temas normalmente no Facebook e nas demais plataformas.Leia também: WhatsApp pode ser banido e substuído por app nacional na RússiaAs novas regras para anúncios políticos da UE foram alvo de críticas da Meta. (Imagem: Getty Images)Quais regras da UE influenciaram a decisão da Meta?De acordo com a empresa liderada por Mark Zuckerberg, as determinações do TTPA trazem uma série de desafios significativos e incertezas jurídicas para o negócio de publicidade. Uma delas inclui restrições à segmentação e entrega dos conteúdos, o que a empresa diz ser prejudicial para o alcance dos anúncios.As novas regas também exigem que a publicidade política seja rotulada como tal e disponibilize informações a respeito do anunciante e a finalidade do material;O regulamento proíbe a utilização de informações pessoais de usuários das redes sociais como etnia, religião e orientação sexual para o direcionamento das propagandas;A legislação atualizada impede, ainda, o uso dos dados de menores idade para a mesma prática;O TTPA também proíbe a veiculação de anúncios políticos patrocinados por pessoas e empresas fora da UE a partir de três meses antes de uma eleição ou referendo na região.Essas novas regras da UE surgiram com base em preocupações sobre possíveis interferências estrangeiras em votações nos países do bloco. As autoridades europeias querem evitar que a manipulação de informações influencie a forma como os cidadãos façam suas escolhas nas urnas.Saiba mais: Meta pede permissão para acessar a galeria do seu celular e processar fotos usando IA — e isso é um problemaA Meta alega que já cumpre algumas das determinações, como a sinalização de anúncios pagos e a comprovação de identidade para a veiculação de propagandas políticas. Ela também diz ter mais transparência para publicidade política, eleitoral e de questões sociais do que qualquer outra plataforma.Usuários das redes sociais da Meta na UE deixarão de visualizar anúncios políticos, eleitorais e de questões sociais. (Imagem: Getty Images)A decisão afeta outras regiões?A suspensão da exibição de anúncios políticos, eleitorais e de questões sociais a partir de outubro nas redes sociais da Meta é válida apenas na UE. “Em outros lugares, continuaremos a fornecer nossas ferramentas líderes do setor que garantem publicidade política autêntica e transparente”, disse a big tech, em comunicado.No texto, a dona do Facebook lembrou que o Google foi forçado a tomar decisão semelhante no ano passado, parando de mostrar o mesmo tipo de conteúdo no YouTube e em outras plataformas. Ela tratou a escolha como difícil e disse que a legislação terá impactos para a experiência dos usuários.Confira: Prometheus: conheça o novo super data center de IA da Meta vai começar a operar em 2026“Regulamentos, como o TTPA, prejudicam significativamente nossa capacidade de oferecer esses serviços, não apenas impactando a eficácia do alcance dos anunciantes, mas também a capacidade dos eleitores de acessar informações abrangentes”, apontou a gigante da tecnologia.Gostou do conteúdo? Leia mais notícias no TecMundo e não se esqueça de compartilhá-las com os amigos nas redes sociais.