O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a Selic em 15,00% ao ano, no maior nível da taxa básica de juros desde meados de 2006, nesta quarta-feira (30).A decisão do colegiado foi unânime e em linha com o esperado por parte do mercado. Na última atualização, com data de referência de ontem (29), o contrato de Opções de Copom da B3 apontava a chance de 96,22% de o Banco Central (BC) manter os juros inalterados.Para o membros do Copom, a decisão de manter a Selic “é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante”. “Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, disse o documento.Dessa vez, o colegiado do BC acrescentou que o cenário atual exige cautela na condução da política monetária, em meio à elevada incerteza, e sinalizou que deve manter a Selic no atual patamar na próxima reunião, em setembro.“Em se confirmando o cenário esperado, o Comitê antecipa uma continuação na interrupção no ciclo de alta de juros para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado, ainda por serem observados.”O Copom manteve a posição de juros elevados “por período bastante prolongado” e, que essa postura, “é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta”. O comunicado ainda cita que os diretores “não hesitarão em retomar o ciclo de ajuste caso julguem apropriado”.GIRO DO MERCADO: Quer saber como a decisão de juros no Brasil vai influenciar os mercados e o seus investimentos? CONFIRA AO VIVONa decisão desta quarta-feira (30), os diretores também mantiveram as expectativas para a inflação. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2025 é de 4,9%, acima do teto da meta — de 4,5% — e em 2026, de 3,6%.Em relação ao ambiente internacional, o Comitê passou considerar o cenário externo “está mais adverso e incerto, em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, principalmente acerca de suas políticas comercial e fiscal e de seus respectivos efeitos”.O Money Times fez a comparação entre o comunicado do Copom desta reunião, com as mudanças assinaladas em relação ao documento da reunião passada.Veja o comparativo entre os comunicados