Com prazo maior, Apex aposta em empresários para evitar tarifa dos EUA

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O presidente da Apex Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), Jorge Vianna, afirmou nesta quarta-feira (30) que, apesar de a nova tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos ser “uma notícia ruim”, o adiamento da entrada em vigor da medida abre espaço para novas negociações.“Nós estávamos trabalhando alternativas de mercados, mas também apostando que o setor que importa esses produtos que têm cadeias produtivas importantes, possam defender que esses produtos cheguem ao mercado americano da maneira correta, sem criar inflação e ajudando no comércio bilateral”, afirmou em um vídeo publicado no Instagram. Leia Mais BC cita "particular atenção" com tarifaço de Trump; leia comunicado Amcham diz que tarifaço “fragiliza” relação comercial entre Brasil e EUA Exportadores de Café citam "frustração" por ausência em exceção de tarifas A ordem executiva assinada por Donald Trump nesta quarta mudou a data de início das tarifas de 1º para 6 de agosto e isentou 379 produtos exportados pelo Brasil, que somaram cerca de US$ 18 bilhões em 2024 — mais de 40% das exportações brasileiras para o mercado americano.Entre os itens excluídos da tarifa estão: aeronaves, celulose, suco de laranja, minerais e outros produtos com peso nas cadeias produtivas dos EUA. Para Vianna, essa lista sinaliza que ainda há margem para negociação.Trump assina decreto que oficializa tarifas de 50% ao Brasil | Money News“Não tem nenhuma razão de termos novas taxas sobre os produtos brasileiros, já que o comércio entre o Brasil e os Estados Unidos é muito favorável a eles há 15 anos”, disse Vianna.O presidente da Apex também informou que já acionou o escritório da Agência em Miami e estruturas em outros países para atuar ao lado de empresários brasileiros e buscar alternativas comerciais enquanto as conversas continuam.