Haddad: Brasil espera resposta dos EUA antes de agir contra tarifaço

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo brasileiro aguarda uma resposta dos Estados Unidos às cartas enviadas com propostas para evitar o aumento de 50% sobre produtos brasileiros. Segundo ele, o foco segue sendo a negociação, e o país espera que não haja medidas unilaterais a partir de 1º de agosto.“O foco é receber da parte dos Estados Unidos uma resposta às cartas que o Brasil enviou, no sentido de a gente buscar uma aproximação em relação ao que é relevante para ele e para nós”, disse à imprensa. Leia Mais Taurus cogita mudar operações para os EUA por tarifaço; ações desabam Acordo com EUA é positivo, mas ainda há luta a ser travada, diz Meloni Acordo UE-EUA prevê "aliança de metais" para conter excessos da China Haddad informou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta segunda-feira (28) um plano de contingência elaborado por quatro ministérios com possíveis respostas do Brasil caso a situação se confirme na semana que vem.Mesmo assim, Haddad pontuou que o foco do governo continua sendo a negociação, mas os cenários já estão na mesa do presidente.“Nós combinamos apresentar para ele [Lula] o plano de contingência com todas as possibilidades que estão à disposição do Brasil, e dele na presidência da república. O foco continua sendo as negociações, o vice-presidente [Geraldo] Alckmin está em contato permanente e à disposição permanentemente das autoridades americanas. Tem havido conversas”, afirmou o ministro em conversa com a imprensa.Haddad reforçou ainda que o Brasil “não vai deixar a mesa de negociação em nenhum momento” e que o foco é negociar.Apesar da elaboração do plano de contingência, Haddad afirmou que o governo ainda não sabe se o plano será, de fato, aplicado. De acordo com o ministro, o Executivo espera para ver se a decisão americana se manterá para colocar o plano em prática.“Não sabemos nem a decisão que vai ser tomada. A gente espera que não seja [uma decisão] unilateral no dia 1º. Então nós vamos insistir que a medida não seja unilateral por parte dos Estados Unidos”, pontuou.Segundo o ministro, o plano só deve ser anunciado após a manifestação oficial do governo americano.“O importante é que o presidente tenha na mão os cenários todos que foram definidos pelos quatro ministérios [Fazenda, Casa Civil, Itamaraty e Desenvolvimento e Indústria]. E o foco, ou determinação do presidente, é negociar. Tentar evitar medidas unilaterais, mas, independentemente da decisão que o governo dos Estados Unidos tomar, nós vamos continuar abertos à negociação”, frisou.Questionado se haverá uma nova rodada de reuniões com o presidente, Haddad disse que “possivelmente, sim” nesta terça-feira (29). O ministro pontuou que o material distribuído aos ministros é bastante extenso e que tanto Lula quanto os outros chefes das pastas envolvidas vão “se debruçar sobre ele”.Saiba como fazer pagamentos com o Pix por aproximação