O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vê o tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil como uma medida mais prejudicial para o cidadão norte-americano do que ao brasileiro.“São coisas que vão encarecer o dia a dia do povo americano, seja na carne, nos ovos, no café, no suco de laranja […], e vai eventualmente fazer os preços domésticos no Brasil caírem”, afirmou, nesta terça-feira (29), em entrevista exclusiva à CNN, o chefe da equipe econômica do Executivo. Leia Mais Déficit comercial de bens dos EUA tem forte queda em junho Negociação China-EUA é concluída sem acordo que evite nova alta de tarifas BC deve manter juro em 15%, enquanto tarifaço alimenta incertezas No dia 9 de julho, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que deve começar a aplicar, a partir do dia 1º de agosto, uma tarifa de 50% sobre os importados brasileiros. Alimentos – como os citados pelo ministro – e insumos da indústria de transformação estão entre os principais vendidos pelo Brasil aos Estados Unidos.“Estou desde o anúncio full time trabalhando em medidas econômicas”, relatou Haddad, ressaltando que o governo federal trabalha com “muita cautela, sobriedade”.“Não podemos nem ser arrogantes, nem subimissos […]. Eu penso que nós temos todas as condições de não fazer o dia 1º um dia fatidico. Vamos continuar negociando, os canais vagorosamente vão sendo desobstruídos”, pontuou à CNN.Em atualização…Entenda o tarifaço de Trump sobre Brasil e como impacta a economia