Por que sentimos o mesmo toque de formas diferentes? Estudo responde

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Cientistas da Universidade de Genebra (UNIGE) descobriram um novo mecanismo que explica por que percebemos um mesmo estímulo sensorial de maneiras diferentes.O estudo, publicado na Nature Communications, revela uma forma inédita de comunicação entre o tálamo e o córtex somatossensorial — regiões do cérebro responsáveis por processar estímulos táteis.Descoberta muda entendimento da percepção tátil (Imagem: Alexander Supertramp/Shutterstock)O que os pesquisadores descobriramTradicionalmente, acreditava-se que o tálamo apenas transmitia sinais ao córtex, como uma estação de retransmissão.No entanto, os pesquisadores identificaram uma via pela qual projeções específicas do tálamo influenciam diretamente a excitabilidade dos neurônios piramidais do córtex, especialmente na região superior, rica em dendritos.Essa modulação altera o estado de prontidão dos neurônios para responder a estímulos futuros, sem provocar uma resposta imediata.Leia maisNova descoberta sobre a dopamina revoluciona entendimento do cérebroComo o frio afeta o cérebro humano? Veja o que diz a medicinaSentir tédio pode fazer bem para o seu cérebroPesquisadores identificaram via cerebral que “prepara” o córtex para sentir estímulos (Imagem: nobeastsofierce / Shutterstock)Utilizando camundongos, os cientistas estimularam os bigodes dos animais — equivalentes ao tato humano — e observaram como essas projeções talâmicas não ativavam diretamente os neurônios, mas tornavam-nos mais sensíveis.Essa sensibilidade é ajustada por meio da liberação de glutamato, que se liga a receptores alternativos nos dendritos, promovendo uma preparação para futuras entradas sensoriais. Esse mecanismo de modulação é distinto do equilíbrio tradicional entre neurônios excitatórios e inibitórios.Implicações futurasAo identificar essa nova via, os cientistas abrem caminho para entender melhor como fatores como atenção, estado de vigília e distúrbios neurológicos — como o autismo — influenciam a percepção sensorial.A descoberta sugere que a percepção do tato não depende apenas da intensidade do estímulo, mas também de interações dinâmicas entre diferentes regiões cerebrais que moldam como sentimos o mundo ao nosso redor.Nosso cérebro é capaz de modular a percepção do tato em tempo real (Imagem: sutadimages/Shutterstock)O post Por que sentimos o mesmo toque de formas diferentes? Estudo responde apareceu primeiro em Olhar Digital.