Conheça o elefante mais raro do mundo

Wait 5 sec.

Existem algumas espécies e subespécies de elefantes espalhadas pelo mundo. As principais são os africanos da savana (Loxodonta africana), os africanos da floresta (Loxodonta cyclotis) e os elefantes-asiáticos (Elephas maximus). Tem ainda o Motty.Motty nasceu no dia 11 de julho de 1978, no Zoológico de Chester, no Reino Unido. Ele teve complicações de saúde e morreu cedo. Viveu por apenas 10 dias, mas, mesmo assim, deixou seu nome escrito na história.Leia mais8 animais com habilidades que parecem superpoderesPor que jacarés se alimentam de pedras? Veja o que diz a ciência7 animais peçonhentos que entram na casa dos brasileirosMotty detém até hoje o título de elefante mais raro do mundo. E é um título oficial!, concedido pelo Guinness World Records.Mas o que esse filhote tinha de tão diferente? Essa é a história que o Olhar Digital conta para você agora. E já te adianto que tem a ver com a chamada hibridização de espécies.O elefante-da-floresta-africano é nativo das florestas tropicais úmidas da África Ocidental e da Bacia do Congo – Imagem: Divulgação/U.S. Fish and Wildlife Service HeadquartersFilho de pais bem diferentesMotty foi resultado do cruzamento entre Jumbolino, um elefante africano macho, e Sheba, uma elefante asiática fêmea.E não havia dúvidas sobre a paternidade, uma vez que Jumbolino era o único macho dentro do local à época.Híbridos de elefantes não são comuns na natureza, até por uma questão de distância.As duas espécies ficam em continentes distintos e, além disso, não são do mesmo gênero, por assim dizer: o Loxodonta e o Elephas.O cruzamento dos dois, no entanto, deu certo, e Motty carregava características do pai e da mãe.O formato da cabeça e as orelhas maiores eram claramente de um elefante africano.Por outro lado, ele também tinha cinco unhas nas patas dianteiras e quatro nas traseiras, o que é uma característica dos elefantes asiáticos.Infelizmente, Motty viveu apenas 10 dias, vítima de graves problemas de saúde.Para começar, ele nasceu prematuro, 6 semanas antes do tempo normal e estava extremamente abaixo do peso.Ele não resistiu a uma enterocolite necrosante, uma doença gastrointestinal grave em animais recém-nascidos.Uma necropsia posterior revelou que ele também sofria de uma infecção grave por E. coli no cólon e no cordão umbilical.Não dá para saber se essas complicações têm relação com o fato dele ser híbrido, até porque não existiram outros Mottys depois do primeiro.Suas características únicas, no entanto, o colocam até hoje num papel de destaque dentro do mundo animal.O burro (macho) ou a mula (fêmea) são os híbridos mais famosos do mundo animal – Imagem: Rachele Totaro IT/ShutterstockOutros híbridos de animaisA hibridização ocorre por vezes na natureza, mas não dá para chamar de comum. Na maior parte dos casos, os híbridos são criados pelo ser humano – e existem fins comerciais por trás disso.O híbrido mais famoso do mundo é o burro (ou a mula). A espécie nasceu do cruzamento de um jumento com uma égua. O filhote consegue herdar o físico e a força da mãe, além da resistência do pai. O resultado é um animal ideal para transporte de carga ou para percorrer caminhos mais tortuosos.Outro híbrido comercial é o Beefalo, uma mistura de vaca com o bisão americano. Como o próprio nome diz, eles foram criados para servir de “beef”, ou carne, mas a experiência deu errado.Outro caso emblemático é o do javaporco, um híbrido entre javali e porco doméstico. Nasceu para melhorar a qualidade da carne suína, mas os criadores perderam o controle e, hoje, é considerado uma espécie invasora em algumas regiões, incluindo o Brasil.Na natureza, os híbridos mais comuns atualmente vivem na região do Ártico. O urso grolar, ou pizzly bear, é um híbrido entre um urso pardo e um urso polar. Já a narluga é a mistura de uma fêmea de narval com um macho de beluga. De acordo com cientistas, essas espécies têm compartilhado o habitat e, por isso, estão se relacionando mais.A pelagem do urso grolar mistura as cores das espécies dos pais – Imagem: Wirestock Creators/ShutterstockVale dizer que esse compartilhamento ocorre por causa das mudanças climáticas. No caso dos ursos, por exemplo, o aquecimento das temperaturas e o derretimento do gelo marinho removeram barreiras substanciais. Os polares estão indo mais ao sul à procura de alimentos. Já os pardos se deslocam para o norte, que agora está um pouco menos frio.As informações são do IFLScience.O post Conheça o elefante mais raro do mundo apareceu primeiro em Olhar Digital.