A recente suspensão de um lote de azeite de oliva da marca KAVAK em mercados na França levantou preocupações significativas sobre a segurança alimentar. Originado na Turquia, o azeite foi retirado das prateleiras depois que inspeções sanitárias detectaram níveis perigosamente elevados de uma substância potencialmente cancerígena. A Agência Francesa de Segurança Alimentar, após conduzir verificações minuciosas, classificou o produto como prejudicial à saúde pública, intensificando o escrutínio sobre as práticas de controle de qualidade nos setores alimentícios internacionalmente.O produto em questão estava disponível em garrafas de vidro, exibindo rótulos em turco com mensagens destacando suas supostas qualidades, como “Kaynak Hayat” que significa “Fonte de Vida” e “Özel Bir Kalite” ou “Qualidade Especial”. O azeite foi amplamente distribuído em supermercados e comércios por toda a França, o que fez com que o problema alcançasse um público extenso. A descoberta do contaminante no azeite veio à tona após análises laboratoriais que detectaram a presença de 13,7 mg/kg de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs).Quais são os riscos associados aos PAHs?Azeite – Créditos: depositphotos.com / VadimVaseninOs hidrocarbonetos aromáticos policíclicos são compostos químicos formados principalmente durante a queima incompleta de carvão, óleo e gás, lixo, ou outras substâncias orgânicas como tabaco e carne grelhada. Eles são conhecidos por seu potencial cancerígeno, o que os torna uma preocupação substancial em relação à segurança alimentar. A União Europeia estabelece um limite de tolerância de apenas 2 mg/kg para PAHs em produtos alimentares, número consideravelmente inferior ao encontrado no azeite suspenso, que apresentava níveis quase seis vezes acima do permitido, evidenciando um risco considerável para consumidores a longo prazo.Como a suspensão do azeite impactou?A propagação da notícia gerou desconforto entre consumidores e comerciantes, colocando a marca KAVAK sob escrutínio e levantando questões sobre a validade dos controles de qualidade e segurança implementados na origem. Em um esforço para mitigar os danos e esclarecer a situação, a Associação dos Exportadores de Azeite e Azeitonas do Egeu (EZZİB) divulgou uma nota oficial. A entidade turca negou que o lote problemático tenha sido exportado pela Turquia, afirmando que sua origem é italiana e ressaltando que todos os azeites exportados pelo país passam por rigorosos controles de qualidade, de acordo com padrões internacionais. Tal declaração tentou distanciar a região de qualquer descuido no processo produtivo.Risco à Saúde Pública: A suspensão ocorreu porque testes indicaram a presença de uma substância cancerígena em níveis acima do permitido pela União Europeia. O limite foi excedido em quase seis vezes, classificando o produto como nocivo à saúde pública.Retirada do Mercado: O produto, que era amplamente distribuído em supermercados e comércios em toda a França, foi retirado imediatamente das prateleiras para proteger os consumidores.Preocupação do Consumidor: A notícia gerou alerta e preocupação entre os consumidores franceses em relação à segurança dos alimentos, especialmente azeites.Implicações para a Marca KAVAK: A imagem e a reputação da marca KAVAK foram severamente prejudicadas, com potenciais perdas financeiras e dificuldades para reestabelecer a confiança do público.Controle e Fiscalização: O caso reforça a importância dos controles rigorosos e da fiscalização por parte das agências de segurança alimentar, como a Agência Francesa de Segurança Alimentar, para garantir que os produtos comercializados estejam em conformidade com os padrões de qualidade e segurança.Questão Internacional: Embora o rótulo do produto estivesse em turco, e a entidade turca tenha negado que o lote exportado da Turquia apresentasse problemas, o incidente levantou questões sobre a cadeia de suprimentos e o controle de qualidade em produtos importados.O que está sendo feito para resolver a questão?Azeite – Créditos: depositphotos.com / AntonMatyukhaCom o incidente, autoridades alimentares francesas intensificaram suas inspeções em produtos importados, especialmente aqueles provenientes de produtores identificados como comuns fornecedores na Europa. Além disso, alertas foram emitidos a consumidores para verificarem a origem dos produtos comprados e, se necessário, devolverem aqueles pertencentes ao lote mencionado, que poderiam representar risco à saúde. Paralelamente, comerciantes também cooperaram na remoção do produto das prateleiras, mantendo o compromisso de assegurar a segurança de seus clientes.Embora o incidente tenha levantado sérias preocupações em termos de saúde pública e relações comerciais, também trouxe à tona a importância crítica dos controles sanitários na importação de produtos alimentares, enfatizando a responsabilidade dos distribuidores locais em garantir a qualidade do que é vendido ao consumidor final. As implicações vão além das repercussões imediatas, sublinhando a necessidade de vigilância contínua e cooperação internacional para prevenir a ocorrência de situações semelhantes no futuro. Como o setor alimentício é uma rede interligada globalmente, as lições aprendidas nesta ocorrência podem servir de guia para reforçar as políticas atuais, assegurando que produtos seguros e de alta qualidade cheguem às mesas dos consumidores.O post Azeite famoso é suspenso após descoberta de substância cancerígena apareceu primeiro em Terra Brasil Notícias.