O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, nesta segunda-feira (28/7), os governantes que investem mais em armamento do que no combate à fome. A declaração ocorreu em uma ligação com o presidente da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO/ONU), Qu Dongyu, transmitida pelo Instagram. De acordo com relatório divulgado pelo órgão, o Brasil saiu do Mapa da Fome, que mede os índices de insegurança alimentar no mundo.“Quando aprovamos no G20 a Aliança Global contra a Fome, que já tem mais de 100 países que vão participar dessa aliança. Eu quero que você saiba que, com o mandato de presidente ou sem o mandato de presidente, eu serei um soldado mundial na luta contra a a fome e a pobreza. Não tem sentido alguns governantes estarem gastando US$ 2,7 trilhões por ano em armas e não gastam a mesma quantia com comida e preservação ambiental”, disse o petista. Leia também Brasil Brasil deixa o Mapa da Fome pela segunda vez, diz ONU Brasil Apesar de saída do Mapa da Fome, trabalho continua, diz ministro Brasil Apesar de sair do Mapa da Fome, Brasil enfrenta insegurança alimentar Brasil Lula celebra saída do Brasil do Mapa da Fome A saída do Brasil da lista era uma das principais promessas de campanha de Lula. Para ser considerado fora do Mapa do Fome, o país precisar estar abaixo do patamar de 2,5% da população em risco de subnutrição ou de falta de acesso à alimentação suficiente.O presidente da FAO elogiou o trabalho realizado pelo petista. “O Brasil sai do mapa da fome novamente porque os senhores já fizeram isso. isso demonstra como podemos mudar as coisas com trabalho árduo, pois o Brasil é um exemplo disso.”É a segunda vez que o Brasil sai do Mapa da Fome, a primeira foi em 2014, depois do governo Lula. No entanto, o Brasil retornou ao índice em 2018.Dados divulgados pela FAO mostram que entre 2022, 2023 e 2024, o Brasil ficou abaixo do limite de 2,5% da população em risco de subnutrição ou em insegurança alimentar. Os números indicam que o país está fora do mapa da fome.