Análise: Brasil vê poucas chances de tarifas não serem aplicadas

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O governo brasileiro já trabalha com a perspectiva de que as tarifas de 50% sobre produtos nacionais, anunciadas pelos Estados Unidos, serão inevitavelmente implementadas a partir de 1º de agosto.Na análise de Américo Martins, correspondente da CNN em Londres, o Planalto considera que há pouco espaço para recuo nas medidas anunciadas por Donald Trump.As autoridades brasileiras consideram as demandas americanas como essencialmente políticas, com alguns setores do governo classificando-as como tentativas de influenciar a democracia brasileira visando as eleições do próximo ano.Diante deste cenário, o Brasil adotou a postura de não negociar aspectos políticos relacionados às exigências americanas. Leia mais Trump ameaça novos ataques ao Irã se programa nuclear for reativado UE quer restringir financiamento de pesquisa em Israel após crise em Gaza Análise: Falta lobby de empresas brasileiras nos EUA  Estratégia em duas frentesO Brasil está desenvolvendo uma estratégia dupla para lidar com a situação. A primeira frente envolve a gestão imediata das tarifas que devem entrar em vigor, enquanto a segunda concentra-se nas negociações comerciais baseadas na seção 301 da Lei de Comércio dos Estados Unidos.Esta segunda via de negociação é vista com mais otimismo pelo governo brasileiro, por se tratar de uma discussão puramente comercial.A lei americana, datada da década de 70, permite uma investigação abrangente do comércio bilateral, similar ao processo realizado anteriormente com a China.O governo brasileiro pretende focar seus esforços nas negociações comerciais através da seção 301, buscando potencialmente reduzir parte das tarifas que serão implementadas.Embora exista a possibilidade de empresas americanas contestarem as medidas judicialmente, fontes do governo brasileiro avaliam que muitas podem hesitar em fazê-lo, temendo retaliações da Casa Branca. Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNN. Clique aqui para saber mais.