Um homem, de 26 anos, foi preso em São Paulo suspeito de aplicar golpes conhecidos como “estelionato do amor”. Segundo a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), que investigou o crime, Gustavo Peixoto Cordeiro simulava relacionamentos amorosos ou de amizade com o objetivo de obter vantagens financeiras. O prejuízo estimado causado às vítimas ultrapassa R$ 5,7 milhões.A prisão foi realizada no último dia 23 de julho, com apoio da Polícia Civil de São Paulo. Contra o inventigado, havia um mandado de prisão preventiva expedido pela 4ª Vara Criminal da Serra, no Espírito Santo.Gustavo era investigado pela Delegacia Especializada de Crimes de Defraudações e Falsificações (DEFA) e, no momento da prisão, foram apreendidos mais de R$ 1 milhão em cheques de terceiros e documentos de uma das vítimas.O delegado responsável pelo caso, Fabiano Alves, explicou que Gustavo se apresentava nas redes sociais como um empresário bem-sucedido. “Ele ostentava riqueza, levava as vítimas para jantares caros e usava carros de luxo. Mas essa vida de alto padrão era bancada pelas próprias vítimas, que, envolvidas no relacionamento, não percebiam o golpe”, afirmou.Gustavo não enganava apenas mulheres. De acordo com o delegado, amigos próximos também foram vítimas. “Um dos amigos contou que queria comprar um carro. O Gustavo alugou um veículo e o vendeu como se fosse dele. Convenceu o amigo a fazer um reconhecimento facial, alegando burocracia, quando na verdade estava financiando outro carro no nome da vítima”, relatou. Leia Mais: Polícia investiga rifa com prêmios que ultrapassam R$ 20 milhões no SE Homem preso por "estelionato do amor" aplicou golpe em cinco estados Grupo baiano é preso em Aracaju por golpe do falso advogado em idosos Em um dos casos, o investigado manteve um relacionamento de mais de dois anos com a dona de uma imobiliária no Espírito Santo. Após conquistar sua confiança, assumiu a administração da empresa e passou a aplicar golpes nos próprios clientes.Segundo a polícia, Gustavo usava sempre a mesma estratégia para enganar as vítimas: fingia que precisava receber um valor, mas que sua conta estava bloqueada. Pedia, então, que a vítima fizesse um reconhecimento facial para “ajudá-lo” a liberar o dinheiro. Na verdade, utilizava o procedimento para abrir financiamentos em nome da pessoa.A CNN busca a defesa de Gustavo Peixoto Cordeiro. O espaço segue aberto.*Sob supervisão de Rafael Saldanha