Popular no Brasil, esse alimento pode estar ligado ao câncer no intestino; veja o alerta

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O consumo de carne no Brasil faz parte fundamental da tradição alimentar da população. O churrasco, por exemplo, é uma representação direta dessa prática cultural. No entanto, os debates sobre os riscos associados à ingestão de carne vermelha ganharam relevância entre especialistas em nutrição e saúde pública nos últimos anos. Estudos recentes sugerem que o consumo regular desse tipo de carne pode estar associado a problemas de saúde, incluindo o câncer de intestino e o diabetes tipo 2, preocupações que estão na pauta tanto de consumidores quanto de profissionais da saúde.A carne vermelha tem chamado a atenção de diversas instituições internacionais. Há um consenso crescente sobre a presença de compostos em sua composição que, quando consumidos regularmente e em excesso, podem desencadear processos inflamatórios no corpo humano. A Cancer Research UK fornece evidências consistentes sobre a ligação entre o alto consumo dessa carne e o aumento do câncer intestinal. Além disso, a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) classifica a carne vermelha como um provável agente carcinogênico, destacando-se nas discussões sobre hábitos alimentares e prevenção de doenças.Por que a carne vermelha está associada ao risco de câncer?Carne – Créditos: depositphotos.com / ArturVerkhovetskiyO perigo da carne vermelha não se limita ao câncer. Pesquisas indicam que o consumo frequente de carnes processadas e in natura pode contribuir para o desenvolvimento de condições metabólicas, como o diabetes tipo 2. Um estudo abrangendo cerca de meio milhão de indivíduos no Reino Unido verificou que aqueles que consomem grandes quantidades de carne vermelha diariamente têm um risco 32% maior de desenvolver câncer de intestino em comparação aos que mantêm uma dieta com menor presença deste alimento.Com base nisso, órgãos de saúde em diversos países recomendam precaução no consumo de carnes vermelhas e processadas. O objetivo dessas diretrizes é reduzir a exposição aos fatores de risco e minimizar o impacto negativo para o organismo. De modo geral, a orientação é reduzir o consumo de carne vermelha, substituindo-a por fontes de proteína mais seguras e igualmente nutritivas.Doenças Cardiovasculares:Gorduras saturadas: A carne vermelha, especialmente cortes mais gordurosos, é rica em gorduras saturadas. O consumo elevado dessas gorduras pode aumentar os níveis de colesterol LDL (o “colesterol ruim”) no sangue, contribuindo para o acúmulo de placas nas artérias (aterosclerose) e aumentando o risco de doenças cardíacas, como infarto e AVC.Câncer:Carne Processada (Carcinógeno Grupo 1): Carnes vermelhas processadas (como salsicha, bacon, presunto, salame e linguiça) são classificadas pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) como carcinógeno do Grupo 1, o que significa que há evidências fortes de que causam câncer em humanos. O consumo de 50 gramas de carne processada por dia pode aumentar o risco de câncer colorretal em 18%.Carne Vermelha Não Processada (Carcinógeno Grupo 2A): A carne vermelha não processada (como bife e carne de porco) é classificada como provavelmente carcinogênica para humanos (Grupo 2A). Estudos associam o consumo excessivo ao aumento do risco de câncer, principalmente câncer de intestino (colorretal), mas também outros tipos, como câncer de mama, útero e pulmão.Compostos Formados na Cocção: Quando a carne é cozida em altas temperaturas (como grelhada, frita ou assada em churrasco), podem-se formar substâncias como aminas heterocíclicas (AHCs) e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAPs). Esses compostos podem danificar o DNA e aumentar o risco de câncer.Diabetes Tipo 2:O consumo excessivo de carne vermelha, tanto processada quanto não processada, tem sido associado a um risco aumentado de desenvolver diabetes tipo 2. Alguns estudos sugerem que apenas 100g de carne vermelha por semana já podem aumentar esse risco.Obesidade:O consumo elevado de carne vermelha e processada está associado a taxas mais altas de obesidade em crianças e adultos. Carnes ricas em gordura saturada também são calóricas, e o excesso de calorias pode levar ao ganho de peso.Outros Fatores:Ferro e Gordura: O teor de ferro e gordura na carne vermelha, assim como o sal e os nitratos/nitritos em carnes processadas, são fatores que podem contribuir para o aumento do risco de doenças.Demência: Um estudo recente sugeriu que o consumo frequente de carne vermelha ultraprocessada pode aumentar o risco de demência.Quais são as recomendações quanto ao consumo de carne vermelha?Entre as recomendações para uma dieta mais saudável estão a redução gradual do consumo de carne vermelha. Isso pode ser feito através de um planejamento alimentar que diminua a presença desse tipo de carne de forma semanal. Buscar variedade de proteínas é outro passo importante. Fontes alternativas como carnes brancas, ovos, leguminosas e peixes podem ser incorporadas às refeições. Além disso, é crucial observar os métodos de preparo, evitando frituras e priorizando opções grelhadas, assadas ou cozidas.Além dessas medidas, a qualidade e procedência das carnes consumidas também devem ser observadas com atenção. O uso de conservantes, aditivos químicos e as condições em que os animais são criados impactam diretamente a saúde de quem consome esses produtos.Quais são as melhores alternativas para substituir o alimento?Carne – Créditos: depositphotos.com / karandaevMuitas pessoas têm buscado alternativas à carne vermelha para garantir uma alimentação equilibrada e preventiva. O peixe, por exemplo, é uma excelente opção por oferecer gorduras saudáveis e nutrientes essenciais. Além disso, o consumo de ovos, leguminosas como feijão, lentilha e grão-de-bico, e carnes brancas como frango e peru, podem suprir as necessidades diárias de proteínas sem os riscos associados à carne vermelha.Aves (frango e peru): Fontes de proteína magra e com menor teor de gordura saturada. Sugere-se o consumo de cortes sem pele, preparados de forma grelhada, assada ou desfiada.Peixes e frutos do mar:Peixes gordos como salmão, cavala e atum são ricos em ômega-3, o que é anti-inflamatório e benéfico para o coração.Peixes brancos como tilápia e merluza são leves e versáteis, oferecendo uma boa quantidade de proteína.Ovos: Uma excelente fonte de proteína completa, versáteis em seu preparo.Leguminosas: Ricas em proteínas, fibras e diversos nutrientes. Exemplos incluem feijão, lentilha e grão-de-bico.Dentre as alternativas vegetais, a soja em suas diversas formas – tofu, tempeh, proteína texturizada – é uma substituta eficaz. Os cogumelos e a jaca verde também são considerados boas opções devido à sua textura similar à carne. As castanhas e sementes, além de fornecerem gorduras saudáveis, oferecem quantidades significativas de proteína. Grãos integrais como quinoa e arroz integral também são importantes contribuintes de proteína na dieta.Portanto, substituir a carne vermelha por essas alternativas pode representar uma estratégia efetiva para a redução dos riscos à saúde, garantindo que a qualidade nutricional dos alimentos seja mantida. A escolha por alternativas de fácil acesso e preparo favorece a manutenção de uma rotina alimentar mais equilibrada, colaborando para a saúde ao longo do tempo.O post Popular no Brasil, esse alimento pode estar ligado ao câncer no intestino; veja o alerta apareceu primeiro em Terra Brasil Notícias.