A brutal agressão cometida por Igor Eduardo Pereira Cabral, ex-jogador de basquete, contra a própria namorada em Natal (RN), continua gerando repercussão nacional. Imagens captadas por câmeras de segurança mostram o momento em que o suspeito desfere mais de 60 socos contra a vítima dentro de um elevador. O crime, ocorrido no condomínio Sun Golden, na zona sul da cidade, levou à prisão preventiva do agressor e à abertura de um inquérito por tentativa de feminicídio.Em meio à comoção, uma mulher trans identificada como Alessia Vitória veio a público nas redes sociais para expor supostas conversas íntimas que teria mantido com Igor. Segundo ela, os dois se relacionaram por algumas semanas. “Ficamos umas quatro vezes. Não ficamos mais porque ele já estava querendo fazer o meu papel, sendo que eu sou uma mulher trans”, afirmou em uma das postagens. Alessia ainda classificou Igor como “covarde” e disse ter sentido alívio ao saber do afastamento: “Livramento! Como tive coragem de me envolver com um lixo desses?”A publicação, que inclui prints das mensagens trocadas entre os dois, levantou novos questionamentos sobre o comportamento de Igor e a relação dele com mulheres em diferentes contextos. Embora a denúncia de Alessia não tenha ligação direta com a agressão registrada em vídeo, o conteúdo exposto reacende debates sobre masculinidade tóxica, transfobia e o sigilo a que muitas mulheres trans são submetidas em relações afetivas.A vítima da agressão segue em recuperação e deverá passar por cirurgia para reconstrução da mandíbula e parte do rosto. A Polícia Civil do Rio Grande do Norte mantém as investigações em andamento, enquanto cresce a mobilização social pedindo justiça e o endurecimento de penas para casos de violência de gênero. Até o momento, a defesa de Igor Cabral não se pronunciou sobre as acusações feitas por Alessia Vitória.